domingo, 28 de dezembro de 2014

38 semanas

Ontem, enfim, cheguei às 38 semanas, aquela data em que o bebê não é mais considerado prematuro e a partir de quando a equipe do Sofia atende ao parto em casa. Se a Nina tivesse adiantado (ou se passar de 42 semanas) o parto seria feito na maternidade, o que, convenhamos, é uma excelente alternativa, mas não é nosso plano número 1.
Estive pensando sobre isso do parto ser em casa e vi que, além de ser cômodo pra mim, será a melhor forma pra Aurora poder participar. No hospital acho que ela ficaria meio sem lugar, talvez entediada se o processo demorar... Aqui ela vai poder dormir, lanchar, brincar no play, brincar com os próprios brinquedos e estar presente no trabalho de parto sempre que quiser. Agora, parto domiciliar PLANEJADO é assim chamado por um belo motivo: além de ir atrás de equipe e me preparar para esse momento, preciso preparar a casa e encher de apetrechos que serão úteis durante e após o parto. Me dei conta de que ainda faltam algumas coisas enquanto conversava com a Kalu, nossa fotógrafa (que é também doula). Na visita que ela nos fez, falou sobre a maravilha que é a água oxigenada 10 volumes pra tirar mancha de sangue, falou sobre detalhes como comidinhas fáceis pra eu comer e que vão repor minhas energias mais rapidamente (como Gatorade, melzinho, rapadura, frutas secas, barrinhas de cereal, etc), comprimento da mangueira que vai levar a água do chuveiro pra banheira, local do pós-parto imediato, uso de lençóis brancos porque são mais fáceis de limpar depois, e mais umas coisinhas que anotei pra conferir.
E já são 38 semanas, people! Amanhã vou entregar uma lista pro Arthur de farmácia e supermercado. Eu queria mesmo era ir e escolher, mas é a preguiça de ficar andando? E o sol? E esse calor descomunal? E esses 16kg a mais que me invadiram? Mas, se der um ímpeto de disposição, eu vou com ele ao shopping resolver essas últimas compras.
Jojô voltou hoje de Campo Belo (ela veio nos trazer no dia 25 - que, por sinal, foi meu aniversário menos comemorado da história, não quis nem bolo nem saída pra almoçar ou jantar, só queria vir de Perdões pra BH e saber que teria assistência) e minha mãe vem dia 2. Nina, espera a vovó chegar! Faço questão da presença dela no nascimento da Nina. A princípio ela estava receosa, dizia que não ia querer ver, mas depois foi se informando, viu que o parto em casa é seguro, e parece que está feliz em poder participar, além de estar aqui pra dar uma mão com Aurora e com o que precisar ser feito.
Hoje dei uma relida no blog da gravidez da Aurora a partir das 38 semanas. Nossa, como foram atribulados aqueles últimos dias... Em comparação com essa gestação, estou sofrendo de ócio. (Saudade da minha máquina de costura que não daria pra trazer...) Mas antes isso do que o vuco-vuco de ficar fazendo exames e tendo médica louca me apavorando.
Só estou muito mais cansada e indisposta. E o calor está demais! Como é difícil esse finalzinho!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Chá de Bênçãos e a preparação para ir para BH

Quando escrevi o último post mal sabia eu o que me aguardava mais à tarde, naquele mesmo dia...
Minhas amigas organizaram um chá de bênçãos pra mim! Totalmente em segredo! Pra quem não sabe, um chá de bênçãos é um encontro pra mentalizar coisas boas pra gestante e pro bebê, acontece um escalda-pés com ervas, não falta comida (aqui sobrou muita, inclusive!) e muitas vezes uma parteira ou outra pessoa faz um tipo de ultrassom sobre a barriga da gestante, desenhando o bebê de acordo com a posição dele. No meu caso, foi uma tatuadora profissional quem fez o desenho! Foi bem mais simbólico, já que, mesmo tendo uma amiga médica que apalpou e determinou a posição da Nina, o desenho que dava pra fazer era mais artístico. Ficou uma fofura!
O escalda-pés então, que delícia que foi... ganhar massagem, me sentir mimada.. Nossa, foi demais! E eu sem nem suspeitar de nada!!! Foi muito gostoso.
Maridos e crianças vieram, ficaram à vontade, parecia uma casa dessas famílias enormes. E o que são os amigos, senão uma família que escolhemos ter, não é?

Por falar em chá, desisti mesmo de fazer chá de bebê. Ai, animação zero. Felizmente já temos tudo que precisamos e fazer um encontro pensando em ganhar presentes não é nem um pouco a minha cara. Eu gosto de reunir as pessoas, conversar sobre a gestação.. e foi exatamente isso que fizemos no chá de bênçãos. Fui dormir extasiada.

Eu, sendo uma diva!

Paula fazendo belly painting

Eu e Marina, madrinha da Nina <3


Passei o fim de semana bem preguicento. Meu corpo está MUITO pesado, desajeitado, as roupas não servem, sinto muito calor... Sair pra almoçar no restaurante foi um martírio. Sem contar que ainda estou dirigindo e o volante fica relando no umbigo e dá uma sensação muito esquisita. Pra mim, chega! Agora que venha BH pra eu ficar de molho em casa esperando minha filha dar algum sinal de que vai nascer.
Hoje passei o dia arrumando a mala pra BH. Vamos logo depois do Natal, quando completo 38 semanas. Honestamente, acho que Nina só nasce depois das 40, mas não quero ser pega desprevenida.
Nessa última semana venho sentindo contrações de Braxton-Hicks, as contrações de treinamento. A barriga endurece, mas não sinto qualquer dor. Nina está mexendo menos de uns dias pra cá. Talvez tenha decidido a posição que quer ficar e parado de brincar de pião dentro de mim. Mas confesso que qualquer diminuição de movimentos é motivo pra gente assustar. Mãe é um bicho besta, preocupa com tudo.

Enquanto escrevo aqui, ela está mexendo, como se me dissesse que está bem.
Não vejo a hora de ter um bebezinho dormindo do meu lado, aquele cheirinho... Vem, Nina!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Afazeres feitos, agora é só esperar...

Em pouco mais de um mês consegui terminar todos os itens que ainda faltavam pra chegada da Nina. Bem, a lista de músicas pro parto ainda está uma parte em pendrive e outra em CD, mas em BH eu vou ter tempo de colocar tudo no pendrive.
Amanhã faço 37 semanas e tem gente achando que a Nina vem em dezembro mesmo. Bem, só se for depois do dia 26, porque preciso conseguir chegar em BH antes! Está escutando, Nina?!
Fui fazer uma pesquisa sobre registro de recém nascido de parto domiciliar, pra saber quais documentos vamos precisar e tal, e aí descobri que uma criança pode ser registrada na cidade onde nasceu ou na cidade de residência dos pais. Conversei com o Arthur, ele disse que pra ele tanto fazia ela ser campobelense ou belorizontina. Mas eu acho que ter uma filha na capital do Rio e outra na capital de MG vai ser mais legal.
Hoje terminei meu ensaio de acompanhar a barriga crescendo no studio da Polly. Fiquei impressionada como a barriga aumentou e realmente abaixou das 30 pras 36 semanas! A foto na cadeira é uma zoação pra representar como me sinto nessa reta final...rs


Ah, tomei a decisão de não fazer o exame de streptocpcocos. Para saber mais sobre o assunto, dê um Google, porque estou com preguiça de explicar. :P
E bora voltar pra máquina de costura, porque preciso me ocupar pra não pegar no pé do marido e da filha. Hormônios a mil aqui e tudo me irrita!


sábado, 13 de dezembro de 2014

36 semanas

Hoje entro na trigésima sexta semana. Não seria nenhum marco especial, não fosse o fato de eu estar em BH por causa da consulta no Sofia Feldman. Com 35 semanas e 5 dias estive lá na maternidade e conheci duas enfermeiras obstétricas que analisaram meus exames e viram que estou apta para o parto domiciliar! Eu estava com uma leve apreensão por causa da anemia, mas elas disseram que é normal na gravidez e que os números estão aceitáveis. Ufa!
Recebi visita da minha doula, Junia, conversamos e repassamos pontos importantes do plano de parto. Ela me transmite confiança e mansidão, o tom da sua voz é de que vai dar tudo certo. Eu acredito!
Eu disse pra Aurora que a Junia irá ajudar a mamãe quando a Nina for nascer, cuidar da mamãe, fazer massagem... Aurora respondeu, prontamente: "Eu também!" <3 Que amor!! E eu sei que vai mesmo. Minha companheirinha...
Arthur, como sempre, está tranquilo. Ele tem mais lembranças do parto da Aurora do que eu e, vai ver, isso o encoraja a crer que se tiramos de letra uma vez, que a chegada da Nina será ainda mais natural. A única preocupação dele é a casa cheia e realmente estará... Eu, ele, Aurora, doula, fotógrafa, parteira, tia, mãe, talvez até meu vô! Não necessariamente todos na sala ao mesmo tempo, mas a casa estará cheia, com certeza.

Estou naquela fase quando todo mundo leigo diz que minha barriga está muito baixa e que a Nina não vai até Janeiro. Sinceramente, eu duvido. Ouvi a mesma coisa na gravidez da Aurora desde uns 7 meses de gestação. Às vezes a sensação que me dá é que Nina não vai nascer nunca. Quando olho no calendário e vejo o dia 10/01, quando completamos 40 semanas, é como se fosse uma data que vai passar sem qualquer sinal de trabalho de parto. Só não posso passar de 42 semanas, senão adeus parto em casa pelo Sofia... Aí ou eu iria pra casa de parto ou teria que me consultar com uma parteira particular e não estou podendo.
Quando penso em passar 3 ou 4 semanas fora de casa, me dá uma agonia! Tudo bem que estarei sendo super bem recebida pela Jojô, mas a gente sente falta da casa da gente, ainda mais agora que finalmente as coisas na nossa casa estão entrando nos eixos. Mas vamo que vamo, é por uma ótima causa. 
De vez em quando fico imaginando o que vou fazer se por acaso essa ximbica resolver me contrariar e nascer antes das 38 semanas, quando eu ainda estiver em Campo Belo. Tenho uns dois planos semi-desenhados, mas nenhum deles me inspira muita confiança e ambos envolvem não ir para o hospital ou, pelo menos, não até o último instante.
Eu, que sempre gostei de tudo bem controlado, programado, decidido, estou tendo que remodelar minha personalidade. A vida não é uma ciência exata e os planos mudam a todo instante. Mas uma coisa eu sei: no fim, tudo dá certo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quase lá e O ensaio fotográfico

Outro dia é que fui me dar conta que não faltam uns dois meses pra Nina nascer... Falta um mês e pouco. Enfim, chegou dezembro. E Nina nasce em janeiro. Daqui um mês estamos em janeiro! E aí, mais alguns dias, no máximo semanas, ela chega...
Hoje encontrei com meu ex-professor de inglês e ele disse que ia torcer pra Nina ser do dia 17, que era o dia da esposa dele. Eu também faço essa torcida. Dia 4 ou dia 17, que são os dias do Túlio e da Vovó Ângela. Ambos partiram e deixaram um buraco no mês de janeiro na nossa família. Nina, além de ser uma vida nova chegando pra nos preencher, se vier num desses dias, será uma linda forma de nos presentear.
Acho até que vou marcar uma cesárea pra um desses dias. HAHAHAHAHAHA (Essa frase contém ironia, pra quem não percebeu.)
Essa reta final da gravidez é bastante cansativa. Já não encontro posição pra dormir, me levanto algumas vezes pra fazer xixi, tenho azia com certa frequencia, meus pés incham se passo muito tempo sentada e tive minhas primeiras cãibras. Na gestação da Aurora era frequente acordar xingando de dor, achando que morte me puxava pelas pernas. Na da Nina achei que fosse ficar imune, mas há alguns dias tive em ambas panturrilhas, bem no meio da noite, tão forte que quase chorei. Foi na noite após termos feito uma caminhada mais extensa e subido em algumas pedras pra fazer fotos do barrigão. Ai, como eu sou chique! Tanto pelo registro lindo lá em São Thomé das Letras como pela disposição de ir pra cachoeira desse tamanho. Vi olhares e teve até uma moça que perguntou com bastante espanto: "Você está grávida???" Não, amor, é um caso raro de lombrigas gigantes.
As fotos ficaram lindíssimas e fico feliz de ter feito esse ensaio, já que da gravidez da Aurora eu só tenho umas duas fotos de biquini e, mesmo assim, era biquini de hidroginástica. E touquinha. Pareço um Telletubbie. Agora não, encarnei a verdadeira diva gestante. Mal posso esperar pra receber do Sol, meu fotógrafo, todos os arquivos!


No mais, tudo segue bem: exames normais, o ferro voltando aos poucos pros limites aceitos, roupinhas da Nina estão lavadas (e fraldas também!), nossa casa vai ganhando móveis (e até já tem árvore de Natal), já escrevi o plano de parto, está tudo certo com doula e fotógrafa... Agora falta a primeira consulta com a enfermeira obstetra pra ouvir que vou poder ter meu parto domiciliar pelo SUS lindo. Deve ser semana que vem essa consulta. Pensa que ansiosa estou!

Vou dando notícias assim, acumuladas, de tempos em tempos.
E logo, logo faço um bolão pra ver quem acerta a data do nascimento da Nina. =)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Afazeres pra chegada da Nina...

Agora que a casa vai tomando ar de casa mesmo, começo a ter tempo pra pensar nos afazeres bebezísticos. Estou correndo atrás de um berço que dê pra acoplar à nossa cama, as malas da maternidade (vai que precisa) já estão lavadas e falta recheá-las. Isso me lembra que preciso lavar as roupinhas!
E.. o que mais... vamos lá, vou fazer uma lista:
- lavar roupinhas
- lavar fraldas de pano (delíciaaa)
- preparar mala da maternidade
- escrever plano de parto
- fazer seleção de músicas para o parto
- botar os peitos pra tomar sol (façamos tudo que pudermos pra evitar rachaduras!)
- fazer um móbile de feltro ou fadas feltradas
- fazer ou encomendar alguma lembrancinha pras visitas (preguiça de pensar nisso!)
- decidir se vamos fazer alguma coisa de chá de bebê (preguiça de fazer isso, mas uma vaquinha pra ajudar nas fotos e filmagem do parto não seria uma má ideia)
- comprar coisas de higiene tipo álcool, sabonete, shampoo, bla bla bla (na verdade nem sei do que vou precisar nos primeiros meses)
- colocar duchinhas nos banheiros (pra nossa higiene e pra limpar os sólidos das fraldas de pano)
- costurar uma capa pra cadeirinha do carro

É... tô apertada!
Vem só depois das 38 semanas, hein, Nina!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Provas de resistência

Recentemente tenho visto sinais de que agüento mais do que pensava. É verdade que ainda me pego indisposta e querendo dar uma deitada pra respiração normalizar, mas, no geral, estou bem demais. Fiz bem em ter voltado a tomar o sulfato ferroso, meu corpo precisava. Tem umas coisas que, por mais que a gente queira ser natural, precisa suplementar. Culpa nenhuma. :)
Depois do último post reclamando de cansaço, passei (e estou passando) por duas super provas de resistência. A primeira foi ter ido pra Carrancas e passeado em cachoeiras de não tão fácil acesso... Boas trilhas, mas meio compridas as caminhadas. Eu, sozinha, não teria ido, mas sabe quando seucompanheiro  diz "a próxima cachoeira é pertinho, uns 5 minutos e tem um poço ótimo!"? Pois é, eu caí nesse conto do vigário e andei muito! Até disse pra ele que se eu estivesse de mais de 8 meses, era capaz da Nina nascer no dia seguinte. Não tem um monte de gente que diz que entrou em trabalho de parto após uma boa caminhada? Então...
A segunda prova de resistência está sendo fazer mudança! Como a gente tem coisa nessa vida! Além de tentar achar lugar pra tudo, preciso cuidar de roupas sujas que se acumularam, fazer compras de coisas que não temos, levar Aurora na escola e buscar... Pelo menos não temos que nos preocupar com almoço, que estamos filando na casa da minha mãe. ;) Não vejo a hora da casa estar arrumada... Até porque recentemente li uns dois relatos de gestantes que entraram em trabalho de parto com 36 semanas e não estavam com as coisas prontas ainda! Pensando nisso, já tirei a mala da maternidade do armário e vou deixá-la limpinha, pra depois rechear de roupinhas (que também preciso lavar!) e outros (já peguei uma lista na internet). Sim, se o parto for em casa, não tem necessidade, mas a gente se planeja até pro caso de precisar transferir pro hospital e aí vou precisar da mala e do meu plano de parto hospitalar. Que, por sinal, está atrasado também... É muita coisa pra fazer!!
E, assim, me aproximo dos 7 meses. Como está passando depressa...
Vem, Nina! (Mas vem por volta das 40 semanas, viu?)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Cansaço... Muito cansaço.

É duro admitir, mas tenho me sentido indisposta. Principalmente pela manhã. A vontade é de ficar só deitada. Se fico em pé, logo dá uma taquicardia e dificuldade pra respirar. Acho que tudo isso está acontecendo em função do aumento de peso, anemia e do calor que tem feito. Ontem achei que fosse passar mal no supermercado. =(
Isso me deixa um pouco insegura em relação ao parto. Se mal consigo ficar em pé organizando a casa, que dirá do trabalho de parto? Mas eu sei que tiro forças de onde elas não existem. Prova disso foi ter doulado por 24h praticamente sem dormir. E também de ter participado de um evento de Dia das Crianças por 7h quase sem me sentar. A força vem quando precisa vir.
Só que me sinto péssima por, no dia-a-dia, ficar mole assim. Aurora quer brincar e temos que buscar alternativas em que eu possa ficar reclinada, brincando praticamente só de falar ou colorir. Se me aventuro a sentar no chão pra brincar, não duro meia hora.
Lembro que na gravidez da Aurora eu me sentia mortinha ao sair da hidroginástica, mas não me lembro de ficar assim em outros momentos. Meu ganho de peso total foi 10kg. Nessa gestação, já ganhei 12kg... em 6 meses.. Senhor! Nessa média de 2kg por mês vou ganhar quase 20kg. É muito peso pros meus 1,57cm. E tem gente que diz que ganhei só barriga...

domingo, 12 de outubro de 2014

A personificação que o nome traz

Eu já sabia que seria assim. Que primeiro eu me sentiria mais próxima ao saber se seria uma menina ou um menino. E que precisava dar-lhe um nome, para que pudesse me conectar ainda mais com ela.
Agora que decidimos que será Nina, ela é A Nina. Não mais bebê, nem menininha, mas minha filha caçula Nina.
Chega a ser estranho o poder que o nome tem. O poder que as palavras têm. Nomear algo o torna mais palpável, mais real. E agora tem sido assim. Quando ela se mexe, eu imagino o que está fazendo, se ainda tem espaço pra piruetas, imagino sua carinha... Não vou cair na besteira de tentar prever como ela será, porque já deu errado com a Aurora. Ainda bem, porque superou qualquer idealização que eu pudesse ter feito. Nasceu branquinha, com covinhas e costas peludinhas. Na hora tomei o maior susto, nunca imaginei que uma filha minha com o Nego fosse ser branca assim. E ela veio. E Nina? Como será que virá? Parecida com a irmã e com o pai, ou comigo? Ainda não sonhei com ela, com a carinha dela. Com Aurora aconteceu de sonhar uma vez com ela com uns 7 anos. Era clara e tinha o cabelo chanel bem escuro e liso. Será que ela vai ficar assim? Espero ainda sonhar com a Nina, mas sem criar expectativas. Ela virá como tiver de vir. Pois se já nos escolheu pra ser sua família, se já escolheu o nome que queria ter (escolheu mesmo, porque Nina nem estava na lista enorme de nomes que eu estava pensando! Foi uma sugestão do Arthur quando olhávamos sites de nomes e na hora pensamos "É, pode ser! Nina é bonito..."), irá escolher como e quando vai chegar e que carinha vai ter.
E eu aceito tudo que vier. Venha, minha Nina!

Entrego. Confio. Aceito. Agradeço.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Viajando com barriga e criança. E será que temos um nome?

Confesso que não foi uma experiência nada agradável. Viajar grávida, de ônibus, por toda noite, com uma folgadinha na poltrona ao lado... é... acho que posso viver sem repetir a dose. Sem contar que parte do trajeto Aurora foi no colo, desmaiada de sono, e eu tentando achar uma posição pra ela ficar, sem comprimir minha barriga. Suei.
Mas foi por um motivo muito justo: fomos comemorar o aniversário do Arthur lá no Rio. Ele ainda não veio de mudança, então ajudamos a encaixotar as coisas dele também. Dando tudo certo, na próxima semana já virão os móveis dele pra casa nova. E ele!
No Rio, curtimos uma praia, uns assentos preferenciais em metrôs e ônibus (por aqui não tenho muita chance de fazer valer meus direitos gravídicos.. Só mercado e banco, praticamente. E eu adoro aproveitar as vantagens de estar barriguda!). E curtimos MUITO restaurantes com fartura de salada. O que é aquele Ráscal, minha gente?? Maravilha de restaurante! E olha que nem ando mais tão gulosa. Podiam abrir um em BH, porque não acho que consigo voltar no Rio antes da criança nascer... Pelo menos, não de ônibus!

A parte mais fofa da viagem foi Aurora dizendo pra mim "Boa viagem, amigona!" e, pra irmã, "Boa viagem, amiguinha!"

Ah! Outra parte boa da viagem foi que Arthur e eu conversamos mais sobre o nome da bebê e... parece que vai ser Nina! Ainda não estou muito segura disso, mas Arthur já aprovou, Aurora também (é o nome da primeira boneca de dormir dela, presente da Bisa). Eu ainda estava meio assim sem saber porque o nome em si não tem muito significado... ou é diminutivo de nomes italianos, tipo Antonina, Giovanina, ou é niña - menina. Mas aí achei num outro site que pode significar "forte" em alguma língua nativa americana e "graça"no hebraico. Ainda vou pesquisar mais, porque até agora só vi isso numa fonte. Nina foi também um dos nomes que minha mãe quis colocar em mim.
Acho que vai ser Nina mesmo. Nina Menina. =)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quase sem dar notícia porque...

Da mesma forma que mal tenho postado sobre a gestação, mal tenho me ocupado com ela. Segunda gestação não leva o mesmo peso de preocupação, curiosidade e nem tempo! Ainda mais que estamos mudando de casa, então passo o tempo pesquisando muito mais sobre cozinha Itatiaia do que sobre assuntos de bebê.
Confesso que não vejo a hora de estar com a casa pronta e o bebê nos braços. Essas semanas que não passam.... Hoje estou na vigésima quarta. Ainda falta um bocado. O consolo é que, ao aproximar do fim do ano, parece que passa mais depressa com as comemorações e viagens. Estamos programando uma ida à Bahia para visitar meu pai e espairecer. Arthur não vê a hora de deitar numa rede sem ter hora pra ir trabalhar. E eu estou doida pra fazer umas fotos barrigudas na praia. Ah, estive em Carrancas com Aurora e meu amigão (e padrinho da bebê sem nome!) Danilo, e subestimei o sol. Resultado: minha barriga queimou mais que o resto do corpo, por ser uma protuberância e tanto. Grávidas, usem protetor solar! Vou me lembrar disso na Bahia...


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Limitações de grávida

Coisas que já não consigo fazer:
- deitar de barriga pra cima com apenas um travesseiro na cabeça. O tal diafragma deve estar sendo comprimido pela barriga..
- fazer o número 2 diariamente e naturalmente. Esse sulfato ferroso é tenebroso. Ir ao banheiro agora requer tempo, concentração, força e mais força. :/ Eu até não estava tomando, justamente por causa desses efeitos, mas meu exame de sangue mostrou uma anemia, então façamos o que precisa ser feito para controlar os níveis de ferro no sangue...
- abaixar, estando sentada, para pegar algo no chão, sem abrir bem as pernas e fazer um sonoro "aaahhhh"

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

As gestantes e o parto

Ser uma gestante que quer um parto normal parece coisa de E.T. no Brasil. De vez em quando você até ouve um "Isso mesmo! Eu tive não sei quantos partos normais e foi ótimo, recomendo!", mas o comum mesmo é ouvir "Nossa, você é muito corajosa..." ou até mesmo ouvir de uma obstetra "Mas... por que você quer isso?" quando você diz que quer parir em casa, sem anestesia.
E coordenar um grupo de gestantes nessa conjuntura é, muitas veze,s frustrante, porque vejo como as mulheres têm medo do parto e, pior ainda, como não querem se livrar desse medo. Acham que a cesariana é mesmo uma salvadora, que as poupa da dor e de protagonizar um evento tão importante. Elas preferem mesmo delegar ao médico toda responsabilidade e, depois, toda glória por uma cirurgia bem sucedida. Os médicos, por sua vez, por maldade ou ignorância, não sei, na maioria das vezes passam para as mulheres a impressão de que a cesariana é uma cirurgia super segura e que não traz prejuízos para a mulher e para o bebê - e isso é uma mentira!
Levadas a acreditar nessa falsa ideia, as gestantes cedem muito mais facilmente à cirurgia de extração fetal. Os estudos mostram que no início da gestação 80% das mulheres deseja um parto normal, muitas vezes pensando apenas na recuperação pós-parto. Mas sabe quantos partos normais acontecem hoje no Brasil? 48% do total. O que acontece que desencoraja essas mulheres de continuarem desejando parir? E por que algumas desde o início dizem querer uma cesariana?

As opiniões das gestantes são mais ou menos assim:

"Eu quero uma cesariana."
Seja lá qual for o motivo que te levou a essa decisão, está claro que seu médico não te passou dados sobre essa cirurgia e o quanto ela coloca você e seu bebê em risco (3 a 5 vezes mais chance de morte pra você e pro seu bebê do que se fosse parto normal, ok?). E está claro que você também está pouco se importando com isso, afinal o que importa mesmo é não sentir dor (oi? pós-cirúrgico é um sonho, né?) e saber a data certa para se programar (independente do bebê ser prematuro, afinal com 38 semanas ele já está prontinho! Mesmo que precise ficar na UTI...).

"Pra mim tanto faz o tipo de parto."
Então vai ser cesariana porque seu médico vai te induzir a isso. Pode não ser no começo da gestação, mas no final ele irá encontrar um "motivo" e marcar a data, com certeza.

"Eu quero parto normal, mas estou muito ocupada pra me informar e participar de grupos de apoio (reais ou virtuais)"
Se você acha que seu parto vai ser normal só porque você quer, então vai ser cesariana (a menos que você chegue com a cabeça da criança pra fora). Pelo mesmo motivo acima: no final da gestação o médico vai te dar um "motivo" que precisa ser cesariana. E você não vai arriscar que seu filho morra com o cordão enrolado no pescoço, ou que não passe porque é muito grande, ou bla bla bla...

"Eu quero parto normal e quero me informar pra ter o meu parto!"
Bem-vinda a um universo de muito estudo e de correr atrás. Porque no Brasil não é normal ter um parto normal. E se você estiver despreparada, irá sofrer todo tipo de violência obstétrica. Informação é tudo e esse é um caminho sem volta. Mas que vale a pena. Você irá praticamente ser uma obstetra sem diploma, vai entender tudo de fisiologia do parto, de indicações reais e fictícias de cesarianas, de posições para o parto, e irá se tornar uma mulher que não abaixa a cabeça sem que te provem que aquilo realmente será bom para você e seu filho. Você será uma leoa, empoderada, uma mulher diferente do que foi até hoje. Independente do seu parto vir a ser uma cesariana no final, você saberá que foi uma cesariana bem indicada. Uma vez que você entra no caminho do parto natural, para entendê-lo e ir atrás dele, isso já te transforma como mulher, como mãe.
E... se quiser seguir esse caminho, pergunte-me como. ;)


Já que toquei no assunto, segue a lista de indicações reais e fictícias de cesarianas:
http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html


Seguirei lutando para mostrar ao mundo que parir é natural, que é bom, que é seguro! E que pode ser, sim, lindo!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ultrassom morfológico

Como na gravidez passada tive um falso diagnóstico de pouco líquido amniótico, eu tomei birra de ultrassom. Comecei a achar que são exames do mal, imprecisos e que só servem pro médico arrumar desculpa pra cesariana.
Nessa gestação, até agora, eu havia feito o primeiro ultrassom, para determinar idade gestacional, já com 11 semanas, para poder fazer junto a translucência nucal. Ganhei um retorno pra ver o sexo do bebê e não pude evitar! Mas aí, há algumas semanas, precisei decidir se faria ou não o ultrassom morfológico. Claro que é ótimo ir e descobrir que está tudo bem, tudo formadinho, líquido ok, placenta ok... mas... e se desse algum dado fora do padrão? Como será que isso poderia me abalar? Como será que isso poderia atrapalhar meu parto domiciliar?
Fui conversar num grupo do Facebook com outras mulheres, para saber se haviam feito o morfológico. Algumas relataram que não, outras que sim, e algumas ainda disseram que foi super importante pra descobrir uma má-formação no coração ou na bexiga, porque o bebê precisaria de atendimento logo ao nascer. Me convenceram. Agendei pra hoje e fui lá de manhã fazer.
E, ufa, para noooossa alegria, tudo absolutamente normal, perfeito!
Ah, e é mesmo uma menina! (Eu sempre fico desconfiada até ver pela segunda vez. Que bom que não vamos precisar vender o enxoval. Que ruim que ainda não temos nome decidido!)

Agora, se não houver uma indicação médica clara, esse terá sido o último ultrassom dessa gestação. Estou com 23 semanas e, depois das 30 semanas, o ultrassom perde muito sua eficácia e começa a dar falsos positivos.
Então, é isso.. pra ver perninha mexendo e mãozinha na boca, agora, só quando ela nascer. :)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Passei no teste das duas crianças em casa

Ontem cuidei do filho da minha vizinha por algumas horas... Ele acabou de fazer 1 ano e ainda não anda, então foi bem a experiência de ter um bebê em casa. Em todo caso, ele fica sentadimho, o que já é uma mão na roda. Viver no colo e no carrinho limita bem a gente... Mas, enfim, me senti aprovada no teste!
Consegui preparar lanche pra Aurora, jantei e dei janta pro Miguel. Brincamos os três na sala e foi ótimo ver a Aurora gostando de brincar com uma criança menor, que nem fala. Ela vai ser uma irmãzinha muito paciente... Lembrei de dividir meu colo entre os dois. Deu a hora do banho e só tive que temperar a água do chuveiro, porque a Aurora já toma banho sozinha (louvado seja, senão seria um capítulo à parte de luta diária pra dar banho e manter um bebê distraído sem chorar por não estar no colo). Depois coloquei o Miguel sentado no tapetinho pra poder secar a Lola. Ela entendeu direitinho que eu iria colocá-la pra dormir primeiro e logo depois iria tentar fazer o Miguel dormir, bem como iremos fazer com a irmãzinha. Aurora achou super divertido e disse "Vamos fingir que o Miguel é a irmãzinha??" Hehe
Ela mamou, escovou os dentes, ouviu história... Tudo isso eu fiz com o Miguel no colo e foi tranquilo! Depois que ela dormiu fui lá ninar o pacotinho... Eita parte chata da maternidade! É tão bom poder apenas da um beijo e sair do quarto da Aurora... Essa parte de ficar fazendo dancinhas indígenas até os braços ficarem doloridos, depois tentar sentar sem que o bebê reclame... Depois ficar quase sem respirar pro bebê não acordar.... Ah nem!!! Preciso fazer diferente com essa menininha. Acho que dormir na mesma cama já vai ajudar muito, porque basta botar o peito pra fora e dormirmos as duas ao mesmo tempo. Se bem que também quero tentar não acostumar a dormir mamando pra eu poder dividir a tarefa de botar pra dormir com o pai. Maaas, sinto que alguém vai chorar se ficar sem o sacolejo e vamos passar mais alguns longos meses ninando em pé.

Ah, Miguel me enrolou e não dormiu. E logo a mãe dele veio buscar. Adorei a experiência. :)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Coisas para uma mãe pensar: quanto eu quero que meu filho sofra ao nascer?

Preparando a minha fala de amanhã pra Roda de Mães (nosso grupo de gestantes aqui em Campo Belo), cujo tema vai ser Intervenções com o Recém-nascido, resolvi pegar uns vídeos, para incrementar as informações.
E aqui estou, chorando. Não, não é de emoção. É de tristeza genuína, de solidariedade a esses bebês que são tirados de suas mães, seja qual for a via de parto, e passam os primeiros minutos de suas vidas em total abandono, sendo manipulados, aspirados, limpos, longe da única pessoa com quem gostariam de estar: suas mães.
Chorei de soluçar. Porque isso é errado! O que existe de lindo num vídeo de parto onde a criança é tirada de dentro da mãe e a mãe sequer vê sua carinha??? Fica mãe deitada, sem dar notícia do que está acontecendo, bebê desesperado de chorar, pai filmando num misto de alegria e medo de não saber direito o que está acontecendo, equipe médica fazendo o que lhes compete, afinal, é apenas mais um e todos os bebês choram mesmo, não é?
Mas não precisa ser assim.

Compare você mesma(o) as diferentes formas de ser recebido no mundo extra-uterino e se tem algum juízo na sua cabeça, dê um pouco de respeito a si mesma, se for mulher, e ao seu bebê. Busque um parto humanizado! Por você e por seu filho.


Pule para 3min de vídeo para ver as intervenções no bebê


Pule para 7min para ver após o nascimento, ou se delicie com todo trabalho de parto maravilhoso!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Os caçulas e a arte de filar as coisas

Acho que irmão caçula vai sempre filar as coisas do irmão mais velho.
Além de alguns sacos de roupinhas e sapatos que foram da Aurora e que ela irá um dia usar, essa pituca aqui dentro já está filando músicas e histórias. Lembro de me esforçar pra estar sempre cantando e conversando, pra Aurora ir se habituando com minha voz, conhecendo as músicas que nossa família gostava... Só não consegui muito contar história, mas pelo menos eu lia em voz alta algumas coisas minhas.
Como agora é hábito conversar o dia todo, cantar e ler pelo menos um livrinho antes de dormir, menininha-sem-nome acaba fazendo parte de tudo isso, só que muito mais naturalmente.
Eu é que ainda não estou muito no clima de ficar conversando... Confesso que no máximo dou um "oi", pegunto se ela vai ser sapeca que nem a Aurora, peço pra chutar... e pergunto o nome que ela quer ter! Mas não rolam altos papos. Não me lembro se rolavam na primeira gestação.
O que eu sei é que não importa quantos filhos a gente tenha, sentir o bebê mexendo dentro da gente é muito bom! Às vezes dá uma sensação estranha tipo "Tem uma pessoa dentro de mim!", uma coisa meio parasitária. Mas, fazer o que, essa bichinha vai me usar, sugar meu leite, não vai me deixar dormir... E mesmo assim vai encher minha vida de alegria! Coisa doida isso.


Ah, outro assunto, eu tinha dito que ia cortar carboidratos, né? Não cortei, mas já reduzi bem. Hoje até fiz pão na máquina pra matar a vontade sem precisar avançar num pão de forma. E muuuitas frutas nos intervalos das grandes refeições, pra dar conta da fome e da glicose.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Sobre as mudanças no corpo

Assim como na primeira gravidez, o primeiro sinal que avassaladoramente apareceu foi a dor nos seios. Algo como quando estamos de TPM, só que nunca parecia acabar. Senti essas dores acho que durante os dois primeiros meses (ou foram três?). Eu já estava desistindo de viver sem sutiã. Parecia impossível, porque a dor era enorme. Na verdade não sei o que acontece fisiologicamente, mas acho que tem a ver com o aumento do tamanho dos seios. Passei do sutiã 42 para o 44, e vou ficar uma Pamella Anderson quando o leite, enfim, vier. Mas, pelo menos, não doem mais, só os mamilos continuam muito sensíveis e até a água do chuveiro machuca ao cair.
A barriga vem crescendo exponencialmente. O que antes parecia apenas uma capa de gordura avantajada, agora já é algo bem arredondado e, olha que estamos ainda no quarto mês! Sinto que explodirei!!
(Como foi que essa menina desse tamanho um dia coube na minha barriga??)
Estou tomando todo cuidado do mundo para não ter estrias. Essas danadas mexem com nossa auto-estima. Na gestação da Aurora fui ter estrias bem no finalzinho, acho que com 38 semanas, perto do umbigo. E custei pra me tocar que eram estrias. No começo coçavam MUITO e ficavam vermelhas. Pensei que fosse alguma alergia. Depois ficou claro que eram estrias e aquilo me abalou muito. Eu até tive medo da gestação se prolongar demais e a barriga ir criando cada vez mais caminhos indesejados na pele.
Estou usando óleo de amêndoas no banho e depois me hidrato com hidratante comum. Na barriga e nos seios (menos mamilos!) estou passando Bepantol Mamy. É um produto novo da Bepantol, mas como eu amo essa marca para cicatrização e assaduras de bebê, estou confiando que vai me proteger. A textura não é gordurenta como nas pomadas, o que é muito importante pra mim, cuja pele oleosa dá espinhas ao menor sinal de creme que não seja absorvido logo. Enfim, estou gostando e não sei se vou usar outro creme quando este acabar (apesar de na gravidez da Aurora eu ter gostado bastante do MaterSkin e do creme da Natura Mamãe e Bebê).
A cara vem crescendo junto com a barriga, para nossa alegria - só que não. Minha cara já era redonda e o nariz nunca foi dos mais discretos. Agora estou a pura batatona. Mas, enfim, faz parte. Ainda bem que não dá estria em bochecha.

Meu corpo vem mostrando que a imunidade realmente cai na gestação. Não aparece nada nos exames de sangue, mas eu vejo bem nas crises de candidíase e herpes. Já há algumas semanas meu lábio vive machucado. Melhora um pouco e recomeça num local próximo. Isso me deixa tão triste... A candidíase então, nem se fala. Estou tratando agora com homeopatia e os sintomas estão bem mais tranquilos, mas ainda não estou 100%. Vou tentar restabelecer minha mega dieta, pra ver se a imunidade melhora e, de quebra, dou uma segurada no peso.
É, já são 7 quilos a mais... E ainda temos 5 meses pela frente. Ó, céus! A natação não está dando conta da minha gulodice. Sai de mim, pão francês!
Amanhã é terça-feira. Nada como um dia que não seja segunda-feira para começar com novas metas. Pois bem, vou voltar a viver de frutas e fibras e diminuir radicalmente os carboidratos. Tchau açúcar, tchau farinha branca... (snif, snif)
Depois conto se me sinto mais bem disposta.

O sono, esse veio "di cum força" desde as primeiras semanas. Eu sinto vontade de hibernar até Janeiro! Vontade de fazer xixi também vem aumentando à medida que a garotinha vai crescendo e comprimindo minha bexiga. Cabelo caindo? Eu não percebo, mas a Sirlene diz que acha muito cabelo no chão quando vai varrer a casa... Gases eu tive, eu tenho, eu terei. E nem sei se tem a ver com a gravidez. haha Estou brincando, eles aumentam MUITO na gestação, uma coisa de louco.

Emocionalmente, estou praticamente normal. Não tenho tido muito motivo pra stress, então não percebo que eu esteja mais nervosa que de costume. Nem mais chorona. Claro que eu choro vendo um drama, mas o mesmo não acontece numa propaganda de iogurte, por exemplo (coisa que acontecia na gravidez da Aurora). É, tirando o episódio em que fiquei dengosa com o Arthur e chorei tudo que tinha direito, estou tirando de letra esse lance de hormônios.
Agora uma coisa estranha que aconteceu em ambas gestações é que se eu ficar em pé, me sinto zonza. Quase desmaiei em Caldas Novas esperando um elevador que jamais chegava e depois esperando chegar no térreo. Saí super zonza, com sudorese... Naquele dia eu não tinha tomado café e fiquei em pé bastante tempo, então acho que pode ter rolado tipo uma hipoglicemia. Tive muito medo de desmaiar no meio de desconhecidos.
(Viu, eu preciso comer pra não desmaiar! Como não ganhar 500kg assim?)

No mais, comparando as duas gravidezes, até agora, estou achando essa mais tranquila. Foram menos enjoos, menos emoções à flor da pele... e até menos tempo pra me preocupar demais. Ser mãe não deixa a gente viver em função da gravidez. Tem hora que eu nem lembro que estou grávida e dou uma barrigada em alguma quina de mesa! Mas nem tem como esquecer por muito tempo, porque ou vem um chutinho, ou vem a Aurora sempre contando a irmãzinha como se ela já estivesse aqui (e está!).
"Aqui tem quatro meninas: a Pampy, a mamãe, eu e a irmãzinha!"
<3

Ela mexeu! Com certeza! (escrito em 14/08)

Saí de viagem com minha mãe e Aurora, rumo a Caldas Novas. Mal o ônibus saiu, comecei a sentir inconfundíveis chutinhos da filhotinha! Exatamente como eu imaginei, isso me trouxe um apaixonamento muito grande e, parece que, enfim, me convenci de que não é uma gravidez psicológica. Dividi o momento com minha mãe:
"Mãe, tá mexendo!" E ela, olhando pra frente do ônibus: "O que tá mexendo??" "O bebê!" "Aaahhh!" E já veio colocar a mão na minha barriga pra sentir também.
Aurora colocou a mãozinha, mas não pareceu muito empolgada. Às vezes parece que tudo já era esperado e nada a surpreende.

Desde então, tenho tudo esses momentos pára-tudo-e-sorri-com-mão-na-barriga, imaginando se é pé, costas, soluço, chute... Será que ela ouve minhas palavras ou apenas um monte de barulhão?
Já não vejo a hora de tê-la conosco!

sábado, 9 de agosto de 2014

E os hormônios enfim deram as caras!

A décima sétima semana foi emoção pura, com direito a picos de alegria e choro, como até hoje não tinha acontecido nessa gravidez.
O Arthur esteve aqui, depois de mais ou menos um mês sem nos vermos e, eu acho que me dei ao luxo de deixar de ser a mulher-forte-que-está-tirando-a-segunda-gestação-de-letra para ficar um pouco manhosa. Percebi isso porque me peguei resmungando e gemendo pra me levantar, pedindo pra ser guinchada e chorando horrores pra conversar sobre um assunto mais sério. Depois que passa eu acho graça, mas na hora achei que ia até passar mal. Acho que toda enxurrada hormonal que estava contida nesse tempo resolveu sair. Coitado do nego...
Do lado das emoções felizes esteve reencontrá-lo cheio de amor, saudades e... roupinhas! Hehe Eu havia prometido pra mim mesma e combinado com ele também, que deixaria pra abrir as malas (duas. E mais um carrinho.) só quando ele fosse dormir (ele sempre tira um bom cochilo depois que chega, porque sair do trabalho e passar a noite e a manhã em dois ônibus não deve ser fácil). Mas uma certa menininha Aurora queria ver o que o papai tinha trazido pra ela e... as malas foram abertas! E, você sabe, uma vez aberta, uma mala de presentes não tem como ser fechada.
Preparei meu cafofo de abrir coisas e separar por categorias (coisas futuras pra Aurora, produtos para alimentação do bebê, fraldas, brinquedos e roupas separadas por tamanho), encaixotar ou ensacar e guardar.
Que tarefa longa foi! E eu faria tudo de novo mais algumas vezes de tão gostoso que foi!
O Arthur escolheu roupinhas lindas! E eu não sabia que um body de recém nascido pudesse ser tão pequeno! Até conferi na etiqueta se não era de prematuro... Fé que a menina vai nascer miúda como Aurora, pra não deixar de usar nenhuma dessas belezurinhas!


Vovó se emocionou vendo o carrinho montado. :) E Aurora experimentou sentar um pouquinho nele e logo levantou rindo, dizendo que já é muito grande. Depois treinou empurrar um pouco, pra levar a irmãzinha pra passear. Torço tanto pra ela continuar nesse carinho todo e não sentir tanto ciúme quando a menininha sem nome enfim chegar!

E por falar em nome, mesmo o Nego estando aqui não conseguimos ainda chegar a uma decisão. Ele disse que nenhum desses nomes (os que eu gostei) o tocaram pra ser o nome da nossa filha... Pra falar a verdade, a mim também, não. Mas acho que é porque estamos comparando com a Aurora, que sempre foi Aurora, mesmo quando era só idealizada. Ela já levou o único nome que a gente tinha certeza que nossa filha chamaria... E agora precisamos decidir por outro nome que seja tão lindo e diferente e com significado bacana e sonoro, como é o dela. Tarefa complicada. Pensei até em esperá-la nascer e ver cara de que ela tem, mas... Hahaha Me conheço! E vou surtar até decidirmos esse nome! Tem dia que perco o sono e entro em site de significado de nomes, acredita??
Preciso me acalmar... Ou botar a culpa nos hormônios. ;)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Do que precisam os bebês?

A gente jura que as coisas que incluímos nas nossas vidas são para torná-las melhores e simplificar tarefas, né?


Aí ontem assisti ao documentário Babies (o vídeo acime é um trailer, mas esse link aqui tem o vídeo completo!) e fiquei pensando que os bebês da Namíbia têm tão menos "coisas" e são tão felizes, espertos, rechonchudos... A vida é simples. As mães já vivem de peito de fora e as crianças mamam quando querem. A vida é em comunidade, as crianças estão sempre entre outros membros do grupo, as mulheres contam com as outras e até amamentam os filhos das outras... E a gente aqui preocupado com decoração de festa de aniversário e enxoval da Carters. É sério isso?
Estou num momento "Como saio desse ciclo?". Vem aí outro bebê e, do que ela vai precisar? De brinquedos? De roupas? De aula de natação e balé?

Eu sei, a Namíbia não é o céu, mas o que eu aprendi com aquelas imagens? Que mesmo vivendo cobertos de pó e moscas, mesmo não tendo bens materiais, aquelas pessoas têm comida, um teto, um cachorro, e têm uns aos outros. E parece que é isso que importa...
(E passar o dia conversando cazamiga ao invés de trabalhar 8h por dia, até que é um pouco de céu, né?)


ps.: Aurora assistiu ao filme comigo e adorou. Indico para todas as famílias.



sábado, 2 de agosto de 2014

17 semanas

Já por umas três vezes pensei ter sentido chutinhos. Fico sem saber se foram mesmo, se foi um batimento cardíaco muito forte, se foi um gás... Por umas 4 vezes, no mesmo lugar, fez uma pressãozinha, tipo um pulinho mesmo. Grávida da Aurora lembro que senti algo como uma borboletinha nadando (an?) na minha barriga. Mas agora foram tipo chutinhos mesmo, bem embaixo. Até chamei a Aurora pra sentir. Ela disse que não sentiu nada. Será que eu fiz ela apalpar meus gases internos?
Jamais saberei...

Fora isso, nada de mais tem acontecido. Continuo nas minhas missões de mãe, continuo aproveitando o tempo ocioso, e continuo morrendo de ansiedade de ser logo nomeada no concurso pra mudar de casa, Arthur vir de mudança e a vida nova começar.
Esses dias andei preguiçosa. E também fez muito frio. Acabei matando aula de natação e yoga... Mas sexta-feira nadei e me senti muito bem! Quem diria... Eu! Nadando! Haha

Essa semana vi vídeos da Aurora com 1 aninho e até chorei de tanta fofura! E pensar que vou ter fofura duplamente e em estágios diferentes! Será que vou ter tempo de curtir tudo isso?

Ah, estou pensando em não fazer mais ultrassons. Nem o morfológico. Lembro como essa tecnologia quase me roubou o parto da Aurora e não vou cair nessa de novo. Pouco líquido, placenta envelhecida... Ninguém merece esse stress! Se não for requisito das parteiras de BH, não vou fazer, não.

Enfim, devaneios vários e nada muito específico. Estou assim.


sábado, 26 de julho de 2014

Sobre o amor que vai nascer

Às vezes eu me pego me sentindo insegura por me tornar mãe de duas crianças. Quando a gente tem um filho só, é dele todo nosso amor, nosso cuidado, nosso tempo, nossa admiração. Quando chegar uma criança nova na casa, de repente, vou acordar e não ser apenas mãe da Aurora. E eu tenho um pouco de medo disso. Porque amor de mãe não é algo inerente ao ser humano. Não sabia? Pois é, não é. Esse papo de "eu já te amava desde a barriga" ou "te amei desde a primeira vez que te vi", não é bem assim. A gente ama imaginar aquele bebê, ama pensar que vai ser mãe, ama um bebê idealizado, porque a gente sabe que realmente um dia vai amar muito aquele bebê. Mas, logo que nasce, não é bem assim. A gente adora aquele cheirinho, a companhia, qualquer sorrisinho nos derrete, mas o que acontece ali nas primeiras semanas de vida extra-uterina é um apaixonamento. O amor não vem pronto, ele nasce e cresce, nutrido pela forma como é alimentado.
Existe inclusive um estudo sobre o mito do amor materno (se quiser ler, joga no Google que dá pra ler uma tese super bacana sobre o assunto), que conta que as mulheres de antes tinham amas de leite que na verdade eram quem criavam seus filhos. Elas davam herdeiros aos maridos, mas não desenvolviam uma relação com as crianças. Eram meros produtos esperados do casamento. Com a Peste Negra e a população dizimada, tornou-se necessário proteger e aumentar a população e, aí, convenientemente, foi inventado o amor materno, maior amor do mundo, que só as mães sentem. As mães, nutridas por esse sentimento inventado, passaram a se dedicar mais aos filhos e a desejar amamentá-los e criá-los, o que lhes garantia longevidade e, consequentemente, favorecia o aumento populacional. Bem, o fato é que a coisa pegou de tal modo que hoje nós, mães, nos sentimos responsáveis e culpadas por tudo que acontece com nossos filhos. A sociedade espera que nós amemos, eduquemos, que demos nossas vidas diariamente pelos filhos. Essa cobrança não existe com os pais, o que torna nosso papel como mulheres bem mais sacrificante, assumindo jornadas múltiplas de mãe, esposa, trabalhadora, e ainda tentando, quando lembramos, encontrar tempo para nossa individualidade. Não é mole.
Mas, por que foi que lembrei do mito do amor materno? 
Ah, sim, porque assim como a mãe não ama instantaneamente um bebê que nasceu, o bebê também não traz consigo um amor imenso pela mãe. Ele traz necessidade, ele nos suga os peitos, o tempo, a vitalidade. Ele nos usa. E muitas vezes a sensação é justamente essa: "estou sendo usada. Se outra pessoa lhe desse colo e peito ele nem sentiria minha falta". Em parte isso é verdade mesmo. Porque um bebê, até cerca de 3 meses de idade, não compreende que ele e a mãe não são a mesma pessoa. No entendimento dele, que viveu por 9 meses sem conhecer fome, dor, sono, irritação, totalmente dependente do corpo materno, os primeiros meses extra-uterinos são como prolongamentos desse período, mas agora ele precisa cobrar pelo que antes tinha naturalmente. E o que ele quer é não sentir desconforto, então ele chora e pede aquilo que lhe falta. Quase sempre um peito, uma fralda limpa ou um calor de colo. Sim, somos usadas. Mas será que também não é amor uma pessoa achar que ela e nós somos uma só?
E assim passamos os primeiros meses da maternidade tendo surtos de "como eu amo esse bebê" e "queria poder devolver pra barriga". E assim o amor nasce. E cresce. E vira o maior amor do mundo. Se é um amor convenientemente inventado, não sei, mas a verdade é que não há como escapar dele. E nem sei se alguém iria querer escapar.

Conscientemente eu sei disso. Sei que vou aprender a amar essa menininha. Mas eu tenho medo. Porque tenho uma história com a Aurora. Já a conheço, já a admiro, já recebo dela amor e não apenas necessidades vitais a serem supridas. E, ao receber em nossas vidas essa outra criança, terei em casa um amor enorme consolidado pela minha filha mais velha e esse outro amor que irá nascer e crescer. E sei que em alguns momentos vou comparar e sentir que amo mais a Aurora. E vou me sentir culpada por isso. Porque a gente sempre ouve que as mães não amam mais um filho que o outro, que não preferem um ao outro. Mas isso é num estágio mais lá na frente. Inicialmente, é um estranho no lar, um adorável estranho, mas cujas características nos são desconhecidas. Não conheço sua risada, nem suas preferências, às vezes nem saberei fazê-lo parar de chorar.
Eu tenho medo, sim. Não um medo consciente, porque conscientemente eu sei que isso é um processo e que com o tempo terei duas bonecas lindas e amadas. Mas lá no fundo eu tenho medo de me sentir incapaz e de ficar ansiosa para que o maior amor do mundo finalmente transborde entre nós duas.

Acho que esse medo só passa quando a própria Aurora, na maior doçura, já demonstra como quer conhecer e cuidar e amar esse bebê. Hoje ela disse que quando a irmã chorar à noite, ela irá descer da caminha (elas terão uma beliche quando a menor - cara, ela precisa de um nome, porque é muito chato ficar falando assim: irmã menor, caçula, bebê... - sair da cama compartilhada e for pro quarto da Aurora), e ela é quem vai cuidar da irmãzinha e fazê-la parar de chorar. Disse ainda que não vai acordar a mamãe, porque a mamãe vai ficar feliz (ela sabe que eu PRECISO de noites bem dormidas...rs). E depois pegou uma bonequinha de pano, carregou no sling, deu mamadeira (por que não amamentou a boneca?? Fiquei chateada!), levou pra cama e contou história pra ela dormir. E então me disse: "Sabe por que ela vai dormir comigo? É enquanto minha irmãzinha não chega, porque ela está demorando muito."

Eu com medo e ela louca de vontade de ter a irmã junto dela! Preciso aprender mesmo com essa inocência, com essa naturalidade. E preciso me acalmar, porque não estou sozinha.

Pra finalizar minha noite de doçura, ela disse "Boa noite. Sonha com os anjos. Dorme bem. Eu te amo." Desejei-lhe o mesmo e disse que também a amava. E ela falou: "Nós duas amamos mais, né? ... Sabe por que eu falo isso muitas vezes? Pra você não esquecer."

(Agora me diz se é possível receber amor assim de mais uma criança e não explodir?!)

Um pai na Carter's

E então que não foi tão simples assim comprar as roupas pra filhota...
Eu PENSEI que tivesse comprado pelo site da Carters, mas, apesar de ter saldo no cartão, apenas uma das duas compras foi aprovada. E justamente a que tinha roupas de 18 meses, totalmente supérfluas, só porque achei fofas demais. Todos os bodies e macacões e coisas que a gente realmente vai precisar foram cancelados. Liguei no cartão de crédito, fiquei sem entender o motivo, chorei... E tentei refazer a compra. E, de novo, foi cancelada. Já estava mandando tudo pro espaço quando o Arthur me disse pra mandar pra ele uma lista do que comprar, que ele compraria. Hahaha Ele não sabia onde estava se metendo... Fiquei até meia noite fazendo uma tabela relacionando tamanho, modelo e quantidades. Ele acabou de me dizer que fez as compras e está morto. E que as vendedoras ficar
am olhando pro único pai (e gato!) comprando sozinho na loja. Eu também estou morta. De orgulho!! Nem acredito que ele não tenha desistido dessa missão! Estou doida pra ver o que ele comprou!

E o pedido que eu fiz e foi aprovado, estou achando que não vai ser entregue a tempo e vou ter que pedir pra alguém do hotel devolver... :/

Bem, a lição que fica é: não faça compras em cima da hora. E, se possível, poupe seu companheiro dessa tarefa e dos olhares das vendedoras de "Coitado... Está totalmente perdido".

O bom é que o tanto que ele gastou rendeu um vale compras de 90 dólares que ele vai voltar amanhã pra usar! Isso é que é homem corajoso!

Nessas horas que a gente vê que escolheu o melhor pai do mundo pras filhas da gente! <3

terça-feira, 22 de julho de 2014

É menina!!!

É menina! É menina!!!
Eu ia dar um rodeio antes de contar, mas tenho dificuldade em guardar segredo!

Estamos muito felizes! Aurora adorou a confirmação do que já sabia. rs

Agora, se a forma como o bebê mostra as "partes" reflete no jeito de ser, vem por aí uma menininha bem tímida. Aurora estava de pernas super abertas, com tudo à mostra, do jeito que ela costuma ficar até hoje, de cabeça pra baixo e pelada no sofá. Já essa menininha não queria descruzar as pernas por nada! Foi uma saga e tanto para descobrirmos! Vai escutando...

Chegamos eu, Aurora e minha mãe às 9h pro ultrassom. Eu havia comido umas 6:30, antes de ir pro yoga, e já estava ficando com fome, mas não tinha dado tempo de lanchar de novo antes da consulta. Eu lembrava que ingerir algo doce poderia facilitar a visualização do sexo, porque o bebê se mexe mais quando tem mais açúcar circulando. Mas, enfim, teria que contar com a sorte. Deu 9h30 e nada de me chamarem... Resolvi ir fazer um lanche num barzinho xexelento em frente ao hospital. Mal sabia eu que teria uma broa de fubá de-li-ci-o-sa! Voltei comendo, feliz da vida, e minha mãe esbaforida me procurando, porque estavam me chamando!
Fiz xixi antes de começar, deitei, ficamos lá de olho... A médica tentou, tentou, cutucou a barriga com o ultrassom, mas o bebê estava com as pernas super fechadas. Virava de costas, de frente, mas não descruzava as pernas. "Ninguém vai me ver nua!!"
Eu pedi pra médica insistir, disse que até plantaria bananeira, porque precisava saber o sexo para comprar enxoval nos States. Senão o bebê ia ter enxoval neutro sem graça! Acho que toquei num ponto importante e a doutora se compadeceu de mim. "Faz assim, vai lá fora, come alguma coisa, dá uma caminhada e depois eu te chamo de novo pra ver se ele resolve mudar de posição." Fofa!
Tive uma hora pra dar essa enrolada. Comi chocolate, bebi água, caminhei, fiquei ansiosa, Aurora ficou cansada, minha mãe ficou com fome... E aí me chamaram!
E...... Nada mudou.
Bem, pelo menos eu não vi nem uma brechinha de perna aberta. A médica disse que achava que era menina. Talvez pela ausência de algo protuberante, que nos meninos logo é visto.
Aí ela resolveu chamar outro médico pra dar uma ajuda. "Já que o caso é de urgência." haha Chegou o médico, mexeu mais na barriga, me pediu pra tussir, eu tornei a dizer que plantaria bananeira se precisasse, mas já estava quase convencida de que seria um enxoval neutro sem graça... Quando, de repente, vejo um brilho no olhar da primeira médica, que acompanhava pela tela do computador, como quem diz "Ahhh... É sim!" E aí o segundo médico pausou a tela e disse que era uma menina. "Aponta, pra mim, por favor??" eu disse, sem medo nenhum de ser leiga. Ele mostrou as coxas abertinhas e a pepeca minúscula. De novo eu pensei "Ah... só porque não viu um pinto... mas e se o pínto estiver boiando mais pra cima?" Resolvi perguntar: "Quantos porcento de chance de ser menina?" (Poxa! Meu enxoval estava em jogo!) E ele respondeu: "Duzentos porcento." Dois médicos dizendo que é uma menina, quem sou eu pra duvidar, né?

"Aurora, é uma menina!!"
"Eu já sabia." ela respondeu, sem tirar os olhos do joguinho no celular. Tadinha, já estava cansada demais pra tentar enxergar a irmã no meio das sombras da tela do ultrassom.
Minha mãe ficou emocionada e depois confessou que estava torcendo pra ser outra menina! E, quer saber, eu também estava!
Se fosse um menino, eu ia ter uma experiência totalmente nova e seria bacana demais. Mas pra Aurora eu acho que ter uma irmã vai ser mais legal, afinal já são 4 anos de diferença... Sendo duas meninas, ainda vão poder ser companheiras, parceiras, sair juntas, dividir o guarda-roupa... Um menino 4 anos mais novo logo se tornaria um pirralho mala e ela não ia querer brincar com ele. Sei lá, coisas da minha cabeça.
Menina tem aquelas roupas ultra fofas e ainda tem as heranças da irmã! E mal tínhamos conseguido escolher nomes de meninos, mas já tínhamos várias opções legais para meninas...
Mas eu achava que seria menino. Achava mesmo. Não por intuito, porque eu já disse que isso não veio no meu pacote, mas por questões biológicas mesmo. Como a data da concepção, sim, o dia do sécho, foi exatamente no dia da ovulação, de acordo com meus cálculos, era maior a chance de ser menino. Explico: espermatozóide XY nada mais rápido e vive menos tempo, então se for um dia propício, ele fecunda o óvulo antes do pesado XX chegar. Mas se for um dia ainda não tão bom, os XY morrem e os XX ficam lá de boa até encontrar o óvulo. (Pode me contratar pra aula particular de biologia.)
Eu estava tentando aceitar a ideia, ter um menino iria ser legal, o Arthur ia ter um companheiro pra fazer coisas de menino, blá blá blá... Mas é meninaaaaaa!!!!!
Bem, ele ficou feliz, mas não ficou super empolgado. Acho que a ficha ainda está caindo de que ele vai ter mais uma fazendo maquiagem nele e chamando pra ver desenhos de Barbie e princesas... haha
"O próximo vem menino, tá, nego?", eu o consolei.
No fundo eu acabei ficando com um pedaço meio triste, porque já estava tentando tanto me acostumar com a ideia de ser um menino, que agora tive vontade de ter. Mas teremos dois gêmeos, ou um casal de gêmeos. Daqui alguns anos.
Por enquanto o momento é esse, de curtir que teremos outra garotinha, e minha relação com o bebê já mudou totalmente. Saber quem está aqui, poder enfim escolher um nome, imaginá-la... Será que vai se parecer com o Arthur e a Aurora ou será que virá com minha carinha de bola? Abençoado seja o nariz dessa criança... Não puxa minha família, por favor... E a pele? Será que vai ser morena? Inclusive Aurora quer que se chame Morena... Temos ainda na lista Maitê, Joana, Elis e Flor. Flor de Carvalho. Já pode ser artista.

E o tal enxoval finalmente foi comprado! Está a caminho do hotel e em breve estará aqui pra ser cheirado, abraçado e adorado, até que essa garotinha chegue pra recheá-lo de fofura.

Venha com muita saúde e calma, princesinha. Estamos preparando seu  ninho aqui de fora.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mesma criação?

Esse papo de "mesma criação" pra dizer que os filhos receberam os mesmos cuidados e mesmo assim saíram diferentes um do outro, me desculpa, mas isso não existe.
O meu ainda nem nasceu e eu já sei que a criação não será a mesma. Pra começar, EU não sou a mesma. Quando Aurora nasceu, tinha uma mãe inexperiente, porém paciente. Cresceu sem ver a mãe perder a cabeça, até que ela começou a fase de querer fazer as coisas do jeito dela e eu não sei onde foi que escondi minha paciência. Bebê 2 já vai crescer ouvindo a mãe dizer pra irmã "Quantas vezes vou ter que pedir??", "Um... Dois... Três!", "Estamos atrasados!" e por aí vai.
É duro assumir, mas eu não sou um poço de paciência, criatividade e nem de auto-controle. Não sou uma super-mãe e estou longe de ser perfeita. Pelo contrário. Em vários momentos eu queria férias de ser mãe. Ficar sem ver filho, sem preocupar se comeu o almoço, se não comeu a meleca, sem levantar pra limpar bumbum, sem ler história sendo que eu já estou praticamente dormindo, sem acordar no meio da noite porque "não estou achando meu travesseiro" (...). A lista é bem maior, inesgotável, provavelmente.
Ser mãe cansa muito!
E eu não sabia disso, mas também não posso dizer que não tinha uma noção do que era, até porque desde sempre a gente ouve o ditado "ser mãe é padecer no paraíso". Imagine-se no paraíso, seja lá onde for seu paraíso: uma praia, um chalé na montanha, um shopping de outlet. E mesmo assim você padece.

Significado de Padecer

v.t.d. v.t.i. e v.i. Sofrer de dores (físicas ou morais); estar doente; ser alvo de maus-tratos; ter dificuldades ou estar infeliz: padecia torturas; padecia de uma aflição imensa; ela padeceu no hospital por meses.
Não dá pra curtir, né? Tipo ir pra praia e ter diarreia. Ir pro chalé na montanha e não ter comida. Ou ir pro outlet e não ter dinheiro (nem cartão!). De que adianta? Com a maternidade, você vai pra praia, não tem diarreia, mas o filho tem. Ou simplesmente não gosta da sensação da areia nos pés (...). No chalé, tem comida, mas o filho não come, ou se machuca. No shopping, desista, você não vai fazer compras sem dizer "Por favor, não encosta a mão suja aí nessas roupas!"
Mas... pra não dizer que maternidade é APENAS padecer...
Na praia você redescobre que é legal fazer castelo de areia e escrever as vogais no chão. E que é gostoso poder abraçar um pacotinho de casaco no frio da montanha. E que uma parada para tomar sorvete faz bem no meio de um passeio exaustivo no shopping. Descobre até que os shoppings possuem áreas para depositar as crianças para os pais fazerem compras em paz. E descobre também que os shoppings não são os melhores lugares para ir com os filhos, pelo bem deles e pela sua sanidade mental.
A verdade é que a gente vai aprendendo.
E esse segundo bebê vai ter uma mãe bem mais surtada do que a Aurora teve. Mas ele também vai ter uma mãe menos preocupada com sujeira e roupas estragadas. Uma mãe que sabe que criança não morre com qualquer tombo e que comer um pouco de terra faz parte de um desenvolvimento saudável. Uma mãe que sabe que crianças precisam ser poupadas de situações que não são para crianças e que a maioria dos ataques infantis é apenas sono. E que a maioria dos ataques maternos também é sono.
Esse bebê vai ter também uma irmã mais velha que vai lhe fazer companhia e brincar com ele, liberando a mãe surtada de brincar de Barbie. Uma irmã mais velha que vai abraçá-lo enquanto dorme e deitar junto dele no sofá pra verem filme (depois de brigarem para escolher o filme). Uma irmã que vai ensiná-lo a dedurar quando alguém arrancar o brinquedo da sua mão. E que bater não é certo, mas ser feito de bobo também não é. Ele também vai aprender altos truques de maquiagem, seja menino ou menina, com essa irmãzona que ele vai ter e que adora um gloss glacial (labial). Ele vai aprender tudo que a irmã mais velha já sabe, mesmo que ele não queira. Vai até saber que não tem dois bumbuns, mas um bumbum com duas "náguenas."
É... a criação vai ser outra, mas ele também vai ser uma criança feliz.
(suspiros)

sábado, 19 de julho de 2014

Sonhei com o bebê!

Hoje sonhei com meu bebê. Eu tinha ido fazer um ultrassom que mostrava que era um menino e médica o tirou de dentro de mim (como se isso fosse parte do exame) e disse que eu já podia levá-lo para casa. Eu, com 15 semanas. Mas o mais doido é que o bebê já tinha tamanho de uma criança de quase 1 ano e era um menino lindo, não tão branquelo quanto a Aurora e com os cabelos loiros, no melhor estilo surfistinha. Uma coisa linda! Eu fique triste por não ter parido, mas já que a criança já estava ali, bora levar pra casa. Devolver pra barriga é que não ia ter jeito.
Engraçado, nessa gestação eu já sonhei outras vezes que o bebê é menino. Será que finalmente desenvolvi um instinto ou será que vou errar de novo e vai ser menina?
Agora, loiro?? Já me basta o susto de ter tido uma branquela, sendo Arthur e eu morenos. Loiro vai ser muita cara de "sequestramos essa criança".

Me lembro de ter sonhado mais uma vez com o bebê, eu ia também para uma consulta médica e paria ali na maca onde a médica costuma examinar. E eu dizia pra ela: "Não me encosta!" e depois, com o bebê nos braços, eu disse, muito orgulhosa: "Viu? Você não precisou fazer nada!" E era também um menino, mas ele não tinha nome ainda.

Tenho ultrassom terça-feira, sem indicação nenhuma, só pra ver o sexo do bebê mesmo. Até chegar lá eu morro do coração! E se no ultrassom a criança resolver não abrir as pernocas??? Vou pegar mil simpatias e dicas de todo jeito pra fazer o bebê mexer bastante na hora do exame. Vou estar com 15 semanas. Aurora a gente viu com 16. Ai, tomara. Estou fazendo mil figas, porque preciso descobrir logo pra comprar fofurices de enxoval a tempo do Arthur trazer!


ps.: às vezes eu acho que o bebê mexeu (porque dizem que na segunda gestação a gente sente antes), mas mal começo a conversar com o bebê perguntando se ele mexeu e... vejo que eram gases. =/

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Por que eu vou parir em casa

Quem convive comigo sabe minha opinião sobre o nascimento das crianças: o mais natural e respeitoso possível.
O parto da Aurora, apesar de eu ter desejado MUITO que fosse absolutamente natural, acabou sendo um parto induzido. Parto induzido é quando a gente recebe ocitocina na veia, um hormônio sintético que imita o natural produzido pelo corpo para estimular as contrações uterinas. Eu estava com 40 semanas e a médica que me acompanhava até então começou a me aterrorizar dizendo que havia pouco líquido, placenta envelhecida e blá blá blá. Se eu fosse outra mulher, que não tivesse buscado informação e não tivesse feito de um grupo porreta de informação sobre o parto (o Ishtar), eu teria ido parar numa cesariana dia 20 de setembro ao meio-dia - a dotôra já tinha agendado tudo, só faltava eu confirmar. Pois bem, eu neguei e perguntei se não poderíamos tentar uma indução. Ela disse que não, que a Aurora não iria aguentar uma indução. (Essa médica tinha bola de cristal? Porque essas coisas não são assim, devem ser monitoradas e caso realmente o bebê não aguentasse, passaríamos para a cirurgia. Bem, se ela tinha bola de cristal, sinto dizer, mas estava pifada). E aí ela gritou pra mim no telefone: "Se você não for, pode eshquecer que eu exishto! Eu não vou fazer parte do assassinato que você eshta preshtes a cometer!"
Olha, querida, sinto te desapontar, mas nossa indução foi super bem-sucedida, sem nenhum sofrimento fetal, eu não tomei anestesia e nem fui submetida à mutiladora episiotomia. Muda de profissão ou então vai estudar. Vaca. (É, eu ainda tenho raiva dela.)
O nascimento da Aurora foi num hospital bambambam do Rio de Janeiro, tipo hotel 5 estrelas. Mas o parto em si só foi bacana porque contei com uma médica que respeita a escolha da mulher e o tempo do bebê. Eu a conheci no mesmo dia que a doutora louca gritou comigo, por indicação de uma doula do grupo de gestantes. E como eu já estava abalada demais pra ficar esperando, sem saber se Aurora corria ou não algum risco, já cheguei no consultório pedindo uma indução. Ela viu que tinha condições favoráveis do colo (porque ele não pode estar tão grosso, senão a indução não "pega") e marcamos pro dia seguinte. Ou seja, fui pro hospital sem ter entrado em trabalho de parto de verdade. Meu corpo não começou o processo, quem desencadeou tudo foi o ocitocina sintética. Talvez Aurora fosse querer nascer só dali a uma ou duas semanas... Nunca saberei.
Aurora nasceu bem, ficou alguns minutos no meu colo, toda melequentinha e de olhos vivos e curiosos. A coisa mais feinha, mas que eu mais amava no mundo. Nem toda mãe acha o filho bonito assim que nasce. Verdade. Depois do banho, sem nariz amassado, eu achei uma boneca, mas assim que saiu era meio ratinha. E aí, toda saudável, ela foi levada pro berçário do hospital, onde ficou por TRÊS HORAS. As três primeiras horas da vida da minha filha foram passadas longe de mim, num berçário cheio de sons e pessoas e cheiros e tudo desconhecidos! Chorando, sendo mexida, até que, sem ter o que fazer, dormiu. O Arthur ficou na janela, vendo tudo, porque eu pedi, com medo de que ela fosse sequestrada. Sei lá, de vez em quando rolam essas coisas, né? Ou você não assistiu "Senhora do Destino"?
E eu? Fiquei telefonando que nem uma lôca, lá do meu quarto de hotel, onde estava, SOZINHA, pra saber da minha filha. E as enfermeiras respondiam "Daqui a pouco ela vai praí, mãezinha." Ê, gente, que raiva! E a fome que eu estava? E a vontade de fazer xixi, mas eu não conseguia descer daquela maca porque minhas costas doíam com o esforço do parto. Quando finalmente me trouxeram a comida, era uma CANJA DE GALINHA. E EU SOU VEGETARIANA!!! (Bem, agora eu como peixe, mas na época, nem isso!) E eu avisei logo que fiz a admissão no hospital que queria refeição vegetariana!!! Eu estava numa fome tão imensa que comi tudinho, só deixei as pelotas de frango mesmo. E depois Arthur pediu pizza. Aí sim!
Depois que Aurora finalmente foi pro quarto, ela dormia demais. Não acordava nem pra mamar. E as malas das enfermeiras ficavam entrando de 2 em 2 horas pra saber se ela tinha mamado. Por fim eu já estava mentindo, pra elas pararem de amolar. Detalhe: entravam sem bater na porta.

Enfim. Por esses tantos motivos eu fiquei com muita raiva de hospital e não irei parir este bebê em hospital nenhum. Meu filho ou filha vai nascer em casa.
Sim. Em casa. O lugar onde EU sou a autoridade máxima. Onde EU me sinto à vontade. Onde ninguém vai me separar do meu bebê. Onde eu vou comer o que eu quiser.
Em Campo Belo não existe equipe de parto domiciliar, então irei parir em BH.
E antes que você pense que parto em casa é algo arriscado, saiba que para uma gestação de baixo risco, o parto hospitalar e o parto domiciliar apresentam os mesmos níveis de desfechos trágicos (sí, la muerte - que é o que todos temem de cara ao pensar em parir em casa, né?). Níveis baixos, mais baixos do que os níveis de mortalidade materna e neonatal nos casos de cesarianas. Ó! Não sabia? Pois é. A cesariana coloca a mulher e o bebê em mais risco. Além de não darem nem uma gota da delícia que é parir um filho. Inclusive, nos países desenvolvidos da Europa, mulher de baixo risco não vai mais pro hospital. A recomendação é que tenham seus bebês em casa ou nas casas de parto. E ainda tem gente que acha que parto normal é coisa de índia e de pobre. Poupe-me de comentários ignorantes.
"Mas e as parteiras? São vovozinhas com panos e água quente?" Se eu fosse parir no interior do Pará, talvez. Mas as parteiras urbanas são enfermeiras obstetras, totalmente capazes de atender a um parto no hospital ou em casa, e com uma parafernalha de coisas e conhecimentos para dar conta de eventos como sutura, pequenas hemorragias, reanimação do bebê, manobras para ajudar a encaixar, etc. O obstetra é um sujeito bacana, estudado, mas que, sinceramente, tem uma atuação muito específica. Ele deveria aparecer apenas quando dá merda. Partos de mulheres de baixo risco podem ser atendidos por enfermeiras obstetras e quem diz isso não sou só eu, é a OMS (Organização Mundial de Saúde)*. E isso porque um parto acontece sozinho. Se ninguém atrapalhar, a maioria dos bebês irá nascer naturalmente. Não vivem nascendo crianças em taxis e banheiros? Pois é. Bebês nascem.
*São profissionais considerados aptos para prestar assistência no parto: ginecologista obstetra, médico geral, enfermeira obstetra, obstetriz e parteiras treinadas.
Fonte: Assistência ao Parto Normal: um guia prático. OMS.

E aí eu entrei em contato com a equipe da maternidade Sofia Feldman, em BH. Uma maternidade PÚBLICA, cujas enfermeiras agora atendem não apenas na Casa de Parto, mas também a partos domiciliares. Escuta só: vão acompanhar o parto DUAS enfermeiras, que levam até a banheira inflável pra gestante relaxar ou parir na água, se assim quiser, e fica de sobreaviso um motorista de ambulância, para o caso de precisar de uma transferência para hospítal (se der merda, lembra do que eu falei?) e o parto pode terminar naturalmente lá, com alguma intervenção, ou pode acabar tendo que ser uma cesariana. Viu? É tudo muito planejado. É seguro! E, no caso do Sofia Feldman, é de graça! haha
Como eu não moro em BH, iria precisar de uma casa pra me abrir por cerca de um mês (das 38 às 42 semanas). Nem pensei duas vezes antes de pedir pra minha tia, com quem já morei e que eu sabia que não iria jamais se opor. Ela, inclusive, está super feliz que sua casa irá se encher de uma energia nova com o nascimento de um bebê lá. Beijo, Jojô!
Se por algum motivo o parto não puder ser em casa, se a gestante tiver, por exemplo, pressão alta, aí é necessário que ela vá pra Casa de Parto, onde será possível monitorá-la melhor e intervir, caso seja preciso. Ao lado da maternidade tem um hospital, pra onde as gestantes também podem ser transferidas.
Então a Casa de Parto é meu Plano B. Os vários relatos de parto que já li de lá são super bacanas, porque eles têm toda estrutura pra acolher bem as parturientes, em quartos individuais com camas DE CASAL (e não macas!!), banheiro e até banheira em uma das 5 suítes disponíveis. No Sofia há doulas voluntárias que tornam o trabalho de parto mais suportável, e também podem entrar os acompanhantes que a mulher escolher: marido, mãe, filho mais velho... Acho um bom Plano B.

Na primeira gestação eu tive dúvidas sobre o parto em casa. Não me senti segura o suficiente, e nem tinha a grana pra que fosse possível (no Rio ainda não existem equipes do SUS). Já nessa, em momento algum eu pensei que pudesse ser de outra forma. O parto em casa é a única coisa que parece natural para mim.
Agora só me resta esperar e colaborar para que seja uma gestação tranquila e de baixo risco, para que nada me impeça de finalmente entrar em trabalho de parto, sentir minha bolsa estourar, pegar meu bebê no colo e ficar com ele agarradinha, sem berçário, até que ele vá pra faculdade. =)

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sobre a escola e otras cositas más

Hoje uma conhecida me disse "Você já está com uma carinha de grávida!.." Eu saí sorrindo e pensando se isso quer dizer que minha cara está redonda que nem uma lua cheia e meu nariz parecendo um cogumelo gigante, ou se significa que estou irradiando luz e minha pele está linda. Vou acreditar na segunda opção e ninguém me desminta, ok?
Isso foi na porta da escola. Volta às aulas é SEMPRE tão legal! Eu achava que era só quando éramos nós os alunos. Rever os amigos, talvez levar um estojo novo, contar casos das férias, mostrar o tererê da praia... Mas mesmo agora, como mãe, eu adoro recomeçar o semestre letivo.
Quem ainda não é mãe não sabe que existe uma sociedade secreta de porta de escola. Esses grupos se reúnem apenas durante o horário de saída da escola, enquanto esperam que os filhos sejam entregues. Alguns membros da sociedade, em sua maioria mães, até ficam longe da porta, fora do alcance da professora, para poder conversar um pouco mais, antes de ter o filho devolvido. E o grupo se reúne pelos mais diversos motivos: mães de alunos da mesma turma, mães que chegam sempre cedo demais, mães que dão carona pra outras mães, mães que possuem qualquer assunto em comum com outra mãe... Enfim, as relações vão se formando e, ficar um mês de férias sem papear com nossas amigas de porta de escola é tempo demais! Ontem e hoje distribuí muitos sorrisos e fiquei muito feliz em rever as amigas, as quais, algumas tantas vezes, nem sabemos o nome, ou sabemos apenas que é "mãe do Fulano".
Quando eu me tornar mãe de duas crianças em séries diferentes, duplicarei meu número de amigas na sociedade da porta da escola! E também passarei a ser uma daquelas mães que participa da reunião de pais sempre correndo, ficando 15 minutos numa sala, pedindo licença à professora "porque eu preciso ir para a reunião da minha filha mais velha..." Aaaai, como vai ser divertido! Dois presentes de Dia das Mães feito na escolinha... (E também PAGAR duas vezes pelo presente! Até hoje eu acho graça quando preciso pagar pelo meu próprio presente... Mas, enfim, os filhos não precisam saber que fomos nós quem pagou. rs)

Agora, atualizações de hoje sobre a vida de barriguda:
Provei para mim mesma que continuo a mesma capricorniana de sempre! Veja bem, eu ainda não sei o sexo do bebê, farei uma ultra dia 22 para TENTAR descobrir (porque se a cria resolve não abrir as pernocas, ficarei mais algumas semanas sem saber...), e nesse mesmo dia, preciso enviar um pedido do site da Carter's para que seja entregue no hotel onde o Arthur vai se hospedar. E o pedido precisa chegar até dia 25! Existem modalidades expressas de envio, de 2 a 3 dias, e até mesmo para o dia seguinte e não são absurdas de caras. Então, caso os correios estadunidenses não fiquem cheios de greve como os nossos, tenho grandes chances de que o pedido seja entregue. Mas eu teria que passar o dia 22 todo escolhendo os modelitos, e isso iria me atrasar ainda mais. Então, com toda mania de organização de Capricórnio sobre mim (organização em certos aspectos, não tome meu quarto como exemplo), criei 3 listas no site da Carter's: "Se for menino", "Se for menina", "Bebê neutro" e adicionei todas as roupinhas que me interessaram, tomando como base a tabela que criei relacionando quantidade de peças, idade do bebê e estação do ano, LÓGICO.
Orgulho de ser louca!!
E, por que estou comprando coisas fora? Porque a viagem será muito barata pelo Arthur ser funcionário de empresa aérea e, lá fora, compramos produtos mais variados e de melhor qualidade pelo mesmo preço de produtos inferiores aqui. E porque as coisas da Carter's são MUITO fofas. E macias. E as estampas são de criança mesmo, nada adultizado como são as coisas por aqui.

Ah, e ontem eu cortei o tecido pro travesseiro de gestante e usei parte do enchimento que eu tinha pra enchê-lo. Vou precisar de mais uns 4 kg, mas não encontrei do mesmo tipo na loja onde eu comprava, que é, por sinal, a única na cidade onde é possível comprar enchimento... Coisas de cidade pequena. Vou ficar mais alguns dias sem meu super travesseiro.

E uma coisa meio bobinha que eu não lembrava e que hoje percebi: a barriga fica encostando na pia quando a gente vai lavar louça... Me lembrei de que, barrigudona da Aurora, eu precisava ficar de lado pra conseguir lavar as coisas. E depois continuou assim, só que com o bebê no sling.

Ah, sim, estou devendo um post sobre o uso do sling... Prometo que ele vai sair em breve.

Por hora, me despeço, já sem fome, sem enjoo, mas com muito, muito sono...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Coisas de saúde e de bom sono

Enfim, comecei a natação! Bem no meio de julho! É muita coragem, Brasil!
Na verdade nem é questão de coragem, mas de necessidade. Estou com uma barriga de 5 meses, mesmo tendo acabado de completar 3! Tá certo que existe uma camada de gordura por cima da real barriga grávida, resquício da primeira gravidez e da proximidade dos 30 anos, mas eu comi demais nesse primeiro trimestre por causa dos enjôos de fome e, com isso, já estou pesando o que eu pesava quando estava com 6 meses da Aurora, mesmo tendo iniciado ambas gravidezes com praticamente a mesma coisa. Sei que não posso me cobrar demais, mas não quero ganhar muito peso, porque peso é um troço apegado, que não vai embora muito facilmente, né?
A natação já estava nos planos, faltava disciplina. E aí hoje eu finalmente parei de dar "soneca" no celular e levantei da cama. E, pra minha alegria, o dia resolveu amanhecer ainda mais nublado e gelado! Tipo teste pra ver meu real interesse em ir nadar, né? Mas deu tudo certo, nadei meia hora, corrigindo meus movimentos de aprendiz e preparando o corpo pra ele se acostumar com o exercício, que será 3 vezes por semana, intercalados com 2 dias de yoga. Nossa, que animação! O bebê aqui dentro capaz que estava assim "Mas que que essa mulé tá fazendo? Ela não deveria estar dormindo?"

Hoje Aurora volta às aulas, meio à contragosto por parte dela, e com muita alegria por minha parte! Haha Sejamos sinceros, férias exigem muito da nossa criatividade e paciência. Um mês já esteve muito bom, agora bora dar 4 horinhas diárias de alforria pra mãe aqui. A qualquer momento vou começar a trabalhar, então preciso aproveitar essas tardes que terei livres pra preparar coisas da casa nova. Hoje sairei à procura de tecidos para almofadas pra sala e de um tecido e enchimento para fazer um travesseiro de corpo inteiro. Não conhece? É o céu!
Eu ainda estou decidindo o modelo. Se digitar "travesseiro gestante" ou "pregnancy pillow" no Google Images, dá pra se inspirar bastante e até quem não está grávida mas curte abraçar um travesseiro e colocar outro no meio da perna vai achar útil substituir três travesseiros por um desses. Dá vontade de dormir só de imaginar... Acho que vou aproveitar o embalo e tirar uma soneca.

Ah, em tempo, para quem não faz nem costura reta, esses travesseiros são também vendidos em sites e lojas de gestantes. São preços bem altinhos. Então talvez compense levar uma foto e pedir pra costureira fazer. É possível ainda fazer um onde a parte da cabeça seja unida à do corpo por velcro, de modo que, após o bebê nascer, ele spossa se desprender e se transformar numa almofada de amamentação.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Enxoval começa a ser comprado...

Comprar coisas para o bebê sem nem saber se vai ser menino ou menina não é uma tarefa muito legal. Tem mil coisas que são neutras, mas o caso das roupinhas, sorry, não dá. Amarelo, vermelho, verde, cinza, branco... Acabou. Acho que fica muito mais fácil pra menina ser vista num macacãozinho de macaco do que pro menino ser visto num de borboletas. Então vou ter que deixar as roupas pra depois. Mas o que já dá pra comprar, já estou comprando. "Nossa, mas esse desespero com 3 meses de gestação?" Explico a pressa: o Arthur é funcionário de uma empresa aérea que voa pros Estados Unidos e deverá trabalhar só por mais um mês lá, antes de se mudar pra cá. Ele viaja praticamente de graça e, assim, eu posso comprar coisas em sites gringos, pedir que entreguem no hotel e ele só tem que chegar, tirar das caixas, tirar etiquetas e trazer. E só temos um mês pra fazer isso. Ou melhor, duas semanas, porque é quando ele agendou a ida.
Fraldas e carrinho estão a caminho.
Fraldas de pano, como eu já havia dito no outro post, da marca Fuzzibunz. Vou detalhar um pouco essa minha escolha. Não sou mais mãe de primeira viagem, nem vai ser minha primeira experiência com fraldas de pano. Sei que existem vários modelos, marcas, ajustes. Aurora foi um bebê magrelo. Pra ter noção, aos 3 anos e 9 meses ela ainda não pesa 14kg. Ela nunca usou uma fralda G descartável (sim, usamos descartáveis algumas pouquíssimas vezes, e só fomos até a M). As pernas nunca foram roliças e cheias de dobrinhas, e muitas fraldas, que deveriam ficar bem ajustadas para não vazar, acabavam ficando meio frouxas e eu tinha que fazer umas manobras pra conseguir usar. As Fuzzibunz possuem elásticos caseados (aqueles cheios de furinhos e um botão na ponta, que nem os de ajustar cintura de algumas calças infantis), então é possível fazer o ajuste ideal tanto nas pernas quanto na cintura. Foi a melhor marca de fraldas importadas que usamos. Na lista das nacionais, gostei muito da Efral, porque não vazava jamais! Mas elas não são tamanho único, são P, M, G, e aí acabamos tendo que comprar algumas de cada tamanho, mas não muitas, por causa do sistema de suporte, onde dá pra trocar apenas a parte que sujou e tornar a usar a parte externa.
Fralda Efral
Enfim, voltando ao assunto da check list de enxoval, o carrinho também já foi um dilema resolvido. E pensar que, pra Aurora, eu fiz até tabela no Excel comparando modelos e funcionalidades... Senhor do Bom Parto, me acode! Nessa gravidez eu nem queria ter carrinho, pra ser sincera. Campo Belo é cheia de morros, vamos ter carro e sling (vou escrever mais sobre o sling numa outra hora, porque também vale a pena DEMAIS!), não estava vendo necessidade de um carrinho. Aí o Arthur me lembrou de algumas circunstâncias onde pode ser interessante ter um carrinho: restaurante, festa de aniversário, visitando algum amigo... Se o bebê dorme, só restaria ficar no colo, pesando, suando a nunca, recebendo migalhas de comida na cabeça, coitadinho... Aurora não se lembra do que já passou, mas já catei muito farelo de pão da cabecinha dela nas vezes que saí sem carrinho.
Daí, já que teremos carrinho, faltava escolher um modelo que casasse com as nossas necessidades: ser compacto, leve e reclinar totalmente, para ser usado por um recém-nascido. O modelo encontrado foi o Chicco Liteway. Aqui no Brasil é meio carinho, acima de R$700,00. Por lá, vai ficar a metade do preço.
Chicco Liteway
Hoje vi um bebezinho de 1 mês no carrinho usando um tipo de suporte almofadado, pra ficar mais aconchegado naquele carrinho imenso. Achei ótimo, já procurei na internet e coloquei na lista. É pra ser usado no bebê conforto, mas no carrinho também já ajuda pra dar uma "abraçada" no bebê.
Summer Infant Snuzzler
Falta ainda um punhado de coisas, não só de enxoval do bebê, mas também coisas pra Aurora e pra gente, coisas que iremos precisar ao longo do tempo. Temos que aproveitar a oportunidade porque essa família aqui não vai todo ano pros States não. Somo crasse média, tá ligado? Roupas e sapatos de tamanhos maiores, brinquedos, e aceito dicas do que talvez possamos precisar, porque eu sou péssima pra pensar a longo prazo. Até agora não consegui colocar nenhum item nessas listas de compras todas que seja pra mim. Minto, tem sim: absorvente de seio e roupão. Só.
E chega de papo que hoje a criança dormiu mais cedo e eu preciso gastar dinheiro que não tenho, mas que terei. Oremos pra minha nomeação sair logo!