sexta-feira, 30 de maio de 2014

Nomes, já?

Escolher o nome do bebê é das tarefas mais difíceis. Menos a Aurora, que já tinha nome antes mesmo de ser um feijão dentro de mim. Se fosse menino, coitada, provavelmente iria receber o nome na hora de registrar.
Inclusive, essa semana eu sonhei que nascia meu filho. Era um menino gordo, cabeludo, com cara de criança de 3 meses. E ele nascia na maca do consultório de uma obstetra fofa que não acreditava em parto normal, muito menos parto sem intervenções. E assim que ele nascia, eu esfregava na cara dela: "Viu?? Você não precisou fazer nada! E ele nasceu!" E "ele" não tinha nome ainda. Em algum momento mais tarde, me referi a ele como Pedro. Pedro foi uma das opções que pensamos pra Aurora, fosse ela um menino.

Mas sobre o que eu estava falando mesmo?
Ah, sim, nomes.
Mesmo sem saber que irá ganhar um irmão em breve, ando sondando Aurora com frases do tipo: "Filha, quando um diiiia você tiver um irmão ou uma irmã.. como você ia querer que ele ou ela chamasse?" E ela me dá uma infinidade de opções, sempre nomes de amigas ou nomes das mães das amigas. rs O Arthur disse que deveríamos deixá-la escolher o nome do bebê, mas pra isso vou precisar dar uma direcionada, porque algumas opções que ela quer não são aceitáveis. Não é que sejam nomes feios, mas é que sou muito exigente. Deve ser um nome incomum e com um significado bacana. Aí eu sugeri pra Aurora que fosse Morena. Ela deu a maior risada e disse que esse nome não podia porque morena era uma cor de pele. E eu disse que podia ser nome também. E aí ela adorou. E já chegou em casa anunciando: "Vovó, minha irmã vai chamar Morena." Todo mundo acha que ela está apenas viajando nesse assunto de irmão. Mal sabem eles do segredo aqui dentro de mim...

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Definição de gravidez

Essa gravidez pode ser definida em três palavras:
FOME
SONO
GASES

Segundo

Estou me sentindo a autora de um livro que vendeu muitas cópias e aí ela resolveu escrever um segundo livro, tipo continuação da saga. A continuação sempre foi algo em mente, mas sem previsão de lançamento. Até que o livro decidiu que iria vir assim, sem avisar, só porque era muito desejado mesmo.
Mas para evitar spoilers, ou porque não sei como contar mesmo... Shh! Que é tudo um segredo!

Meu livro dois é meu segundo bebê.
Já sou mãe da Aurora, que veio de surpresa também, e trouxe muita luz pra minha vida. Se ela não tivesse vindo, hoje eu seria uma atriz, ou professora, ou funcionária pública. Eu não teria noção do que é parir, nem amamentar, nem tomar banho fazendo voz fina como se fossem as bonecas conversando.
Porque veio a Aurora hoje eu sou atriz sem graduação, contadora de histórias, ativista do parto natural, feminista, curiosa de assuntos de educação e estudante de pedagogia. E estou tentando trabalhar. Sim, estou desempregada.
Foque agora nesse último detalhe.
Como alguém vai ter um segundo filho, estando desempregada? E o pai dessa criança?
Bem, o pai dessas duas crianças é o Arthur, meu companheiro de vida (e de idas e vindas) de quase 5 anos. Atualmente ele mora no Rio, enquanto Aurora e eu estamos em Minas. Ele tem um emprego desses que a gente não ama, depende diariamente de transporte público e pega trânsito infernal, mora sozinho e sente falta da família. Ele gosta do Rio, não me entendam mal, mas acho que se cansou de viver assim, sem saber por que está vivendo, além de estar ganhando dinheiro. Ele ganha bem, mas tem consciência de que isso não é tudo que importa.
E aí, pra dar um empurrão na nossa tomada de decisão de buscar uma vida juntos, vem esse bebê.

Hoje estou na sétima semana. E quase ninguém sabe. Bem, minha mãe não sabe. Estou me sentindo uma adolescente. Simplesmente não sei como contar.
"Mãe... então... eu sei que estou desempregada, mas as coisas se ajeitam... e eu vou ter outro filho! Tcharaaaam!"
Minha mãe é do tipo super bacana, descolada, e que também acredita que as coisas se ajeitam, mas eu não quero ainda contar, não estou preparada. Porque preciso saber primeiro que vou ter alguma estabilidade financeira, pra não depender da ajuda financeira dela pra criar essa criança. Orgulho eu tenho. 27 anos e, agora, 2 filhos. Eu já disse que voltei a morar com a minha mãe? Pois é, na primeira "ida" minha com o Arthur, eu voltei pra Minas porque precisava de colo de mãe. Isso já tem quase 2 anos. Nesse meio tempo fui professora de inglês e recreadora de festas infantis. Curti, mas ainda não me encontrei. E no meio dessa busca existencial + crise dos 30 + dinheiro da herança da vovó acabando + crise profissional + vontade de virar nômade digital + Arthur morando longe, eis que vem um bebê!
Aaaaahhhh!! Onde estávamos com a cabeça?

Mas, enfim. As coisas se ajeitam, não é verdade?
Bora agora cuidar de escrever esse segundo livro, porque sei que vou ter muita história pra contar.