sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Passei no teste das duas crianças em casa

Ontem cuidei do filho da minha vizinha por algumas horas... Ele acabou de fazer 1 ano e ainda não anda, então foi bem a experiência de ter um bebê em casa. Em todo caso, ele fica sentadimho, o que já é uma mão na roda. Viver no colo e no carrinho limita bem a gente... Mas, enfim, me senti aprovada no teste!
Consegui preparar lanche pra Aurora, jantei e dei janta pro Miguel. Brincamos os três na sala e foi ótimo ver a Aurora gostando de brincar com uma criança menor, que nem fala. Ela vai ser uma irmãzinha muito paciente... Lembrei de dividir meu colo entre os dois. Deu a hora do banho e só tive que temperar a água do chuveiro, porque a Aurora já toma banho sozinha (louvado seja, senão seria um capítulo à parte de luta diária pra dar banho e manter um bebê distraído sem chorar por não estar no colo). Depois coloquei o Miguel sentado no tapetinho pra poder secar a Lola. Ela entendeu direitinho que eu iria colocá-la pra dormir primeiro e logo depois iria tentar fazer o Miguel dormir, bem como iremos fazer com a irmãzinha. Aurora achou super divertido e disse "Vamos fingir que o Miguel é a irmãzinha??" Hehe
Ela mamou, escovou os dentes, ouviu história... Tudo isso eu fiz com o Miguel no colo e foi tranquilo! Depois que ela dormiu fui lá ninar o pacotinho... Eita parte chata da maternidade! É tão bom poder apenas da um beijo e sair do quarto da Aurora... Essa parte de ficar fazendo dancinhas indígenas até os braços ficarem doloridos, depois tentar sentar sem que o bebê reclame... Depois ficar quase sem respirar pro bebê não acordar.... Ah nem!!! Preciso fazer diferente com essa menininha. Acho que dormir na mesma cama já vai ajudar muito, porque basta botar o peito pra fora e dormirmos as duas ao mesmo tempo. Se bem que também quero tentar não acostumar a dormir mamando pra eu poder dividir a tarefa de botar pra dormir com o pai. Maaas, sinto que alguém vai chorar se ficar sem o sacolejo e vamos passar mais alguns longos meses ninando em pé.

Ah, Miguel me enrolou e não dormiu. E logo a mãe dele veio buscar. Adorei a experiência. :)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Coisas para uma mãe pensar: quanto eu quero que meu filho sofra ao nascer?

Preparando a minha fala de amanhã pra Roda de Mães (nosso grupo de gestantes aqui em Campo Belo), cujo tema vai ser Intervenções com o Recém-nascido, resolvi pegar uns vídeos, para incrementar as informações.
E aqui estou, chorando. Não, não é de emoção. É de tristeza genuína, de solidariedade a esses bebês que são tirados de suas mães, seja qual for a via de parto, e passam os primeiros minutos de suas vidas em total abandono, sendo manipulados, aspirados, limpos, longe da única pessoa com quem gostariam de estar: suas mães.
Chorei de soluçar. Porque isso é errado! O que existe de lindo num vídeo de parto onde a criança é tirada de dentro da mãe e a mãe sequer vê sua carinha??? Fica mãe deitada, sem dar notícia do que está acontecendo, bebê desesperado de chorar, pai filmando num misto de alegria e medo de não saber direito o que está acontecendo, equipe médica fazendo o que lhes compete, afinal, é apenas mais um e todos os bebês choram mesmo, não é?
Mas não precisa ser assim.

Compare você mesma(o) as diferentes formas de ser recebido no mundo extra-uterino e se tem algum juízo na sua cabeça, dê um pouco de respeito a si mesma, se for mulher, e ao seu bebê. Busque um parto humanizado! Por você e por seu filho.


Pule para 3min de vídeo para ver as intervenções no bebê


Pule para 7min para ver após o nascimento, ou se delicie com todo trabalho de parto maravilhoso!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Os caçulas e a arte de filar as coisas

Acho que irmão caçula vai sempre filar as coisas do irmão mais velho.
Além de alguns sacos de roupinhas e sapatos que foram da Aurora e que ela irá um dia usar, essa pituca aqui dentro já está filando músicas e histórias. Lembro de me esforçar pra estar sempre cantando e conversando, pra Aurora ir se habituando com minha voz, conhecendo as músicas que nossa família gostava... Só não consegui muito contar história, mas pelo menos eu lia em voz alta algumas coisas minhas.
Como agora é hábito conversar o dia todo, cantar e ler pelo menos um livrinho antes de dormir, menininha-sem-nome acaba fazendo parte de tudo isso, só que muito mais naturalmente.
Eu é que ainda não estou muito no clima de ficar conversando... Confesso que no máximo dou um "oi", pegunto se ela vai ser sapeca que nem a Aurora, peço pra chutar... e pergunto o nome que ela quer ter! Mas não rolam altos papos. Não me lembro se rolavam na primeira gestação.
O que eu sei é que não importa quantos filhos a gente tenha, sentir o bebê mexendo dentro da gente é muito bom! Às vezes dá uma sensação estranha tipo "Tem uma pessoa dentro de mim!", uma coisa meio parasitária. Mas, fazer o que, essa bichinha vai me usar, sugar meu leite, não vai me deixar dormir... E mesmo assim vai encher minha vida de alegria! Coisa doida isso.


Ah, outro assunto, eu tinha dito que ia cortar carboidratos, né? Não cortei, mas já reduzi bem. Hoje até fiz pão na máquina pra matar a vontade sem precisar avançar num pão de forma. E muuuitas frutas nos intervalos das grandes refeições, pra dar conta da fome e da glicose.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Sobre as mudanças no corpo

Assim como na primeira gravidez, o primeiro sinal que avassaladoramente apareceu foi a dor nos seios. Algo como quando estamos de TPM, só que nunca parecia acabar. Senti essas dores acho que durante os dois primeiros meses (ou foram três?). Eu já estava desistindo de viver sem sutiã. Parecia impossível, porque a dor era enorme. Na verdade não sei o que acontece fisiologicamente, mas acho que tem a ver com o aumento do tamanho dos seios. Passei do sutiã 42 para o 44, e vou ficar uma Pamella Anderson quando o leite, enfim, vier. Mas, pelo menos, não doem mais, só os mamilos continuam muito sensíveis e até a água do chuveiro machuca ao cair.
A barriga vem crescendo exponencialmente. O que antes parecia apenas uma capa de gordura avantajada, agora já é algo bem arredondado e, olha que estamos ainda no quarto mês! Sinto que explodirei!!
(Como foi que essa menina desse tamanho um dia coube na minha barriga??)
Estou tomando todo cuidado do mundo para não ter estrias. Essas danadas mexem com nossa auto-estima. Na gestação da Aurora fui ter estrias bem no finalzinho, acho que com 38 semanas, perto do umbigo. E custei pra me tocar que eram estrias. No começo coçavam MUITO e ficavam vermelhas. Pensei que fosse alguma alergia. Depois ficou claro que eram estrias e aquilo me abalou muito. Eu até tive medo da gestação se prolongar demais e a barriga ir criando cada vez mais caminhos indesejados na pele.
Estou usando óleo de amêndoas no banho e depois me hidrato com hidratante comum. Na barriga e nos seios (menos mamilos!) estou passando Bepantol Mamy. É um produto novo da Bepantol, mas como eu amo essa marca para cicatrização e assaduras de bebê, estou confiando que vai me proteger. A textura não é gordurenta como nas pomadas, o que é muito importante pra mim, cuja pele oleosa dá espinhas ao menor sinal de creme que não seja absorvido logo. Enfim, estou gostando e não sei se vou usar outro creme quando este acabar (apesar de na gravidez da Aurora eu ter gostado bastante do MaterSkin e do creme da Natura Mamãe e Bebê).
A cara vem crescendo junto com a barriga, para nossa alegria - só que não. Minha cara já era redonda e o nariz nunca foi dos mais discretos. Agora estou a pura batatona. Mas, enfim, faz parte. Ainda bem que não dá estria em bochecha.

Meu corpo vem mostrando que a imunidade realmente cai na gestação. Não aparece nada nos exames de sangue, mas eu vejo bem nas crises de candidíase e herpes. Já há algumas semanas meu lábio vive machucado. Melhora um pouco e recomeça num local próximo. Isso me deixa tão triste... A candidíase então, nem se fala. Estou tratando agora com homeopatia e os sintomas estão bem mais tranquilos, mas ainda não estou 100%. Vou tentar restabelecer minha mega dieta, pra ver se a imunidade melhora e, de quebra, dou uma segurada no peso.
É, já são 7 quilos a mais... E ainda temos 5 meses pela frente. Ó, céus! A natação não está dando conta da minha gulodice. Sai de mim, pão francês!
Amanhã é terça-feira. Nada como um dia que não seja segunda-feira para começar com novas metas. Pois bem, vou voltar a viver de frutas e fibras e diminuir radicalmente os carboidratos. Tchau açúcar, tchau farinha branca... (snif, snif)
Depois conto se me sinto mais bem disposta.

O sono, esse veio "di cum força" desde as primeiras semanas. Eu sinto vontade de hibernar até Janeiro! Vontade de fazer xixi também vem aumentando à medida que a garotinha vai crescendo e comprimindo minha bexiga. Cabelo caindo? Eu não percebo, mas a Sirlene diz que acha muito cabelo no chão quando vai varrer a casa... Gases eu tive, eu tenho, eu terei. E nem sei se tem a ver com a gravidez. haha Estou brincando, eles aumentam MUITO na gestação, uma coisa de louco.

Emocionalmente, estou praticamente normal. Não tenho tido muito motivo pra stress, então não percebo que eu esteja mais nervosa que de costume. Nem mais chorona. Claro que eu choro vendo um drama, mas o mesmo não acontece numa propaganda de iogurte, por exemplo (coisa que acontecia na gravidez da Aurora). É, tirando o episódio em que fiquei dengosa com o Arthur e chorei tudo que tinha direito, estou tirando de letra esse lance de hormônios.
Agora uma coisa estranha que aconteceu em ambas gestações é que se eu ficar em pé, me sinto zonza. Quase desmaiei em Caldas Novas esperando um elevador que jamais chegava e depois esperando chegar no térreo. Saí super zonza, com sudorese... Naquele dia eu não tinha tomado café e fiquei em pé bastante tempo, então acho que pode ter rolado tipo uma hipoglicemia. Tive muito medo de desmaiar no meio de desconhecidos.
(Viu, eu preciso comer pra não desmaiar! Como não ganhar 500kg assim?)

No mais, comparando as duas gravidezes, até agora, estou achando essa mais tranquila. Foram menos enjoos, menos emoções à flor da pele... e até menos tempo pra me preocupar demais. Ser mãe não deixa a gente viver em função da gravidez. Tem hora que eu nem lembro que estou grávida e dou uma barrigada em alguma quina de mesa! Mas nem tem como esquecer por muito tempo, porque ou vem um chutinho, ou vem a Aurora sempre contando a irmãzinha como se ela já estivesse aqui (e está!).
"Aqui tem quatro meninas: a Pampy, a mamãe, eu e a irmãzinha!"
<3

Ela mexeu! Com certeza! (escrito em 14/08)

Saí de viagem com minha mãe e Aurora, rumo a Caldas Novas. Mal o ônibus saiu, comecei a sentir inconfundíveis chutinhos da filhotinha! Exatamente como eu imaginei, isso me trouxe um apaixonamento muito grande e, parece que, enfim, me convenci de que não é uma gravidez psicológica. Dividi o momento com minha mãe:
"Mãe, tá mexendo!" E ela, olhando pra frente do ônibus: "O que tá mexendo??" "O bebê!" "Aaahhh!" E já veio colocar a mão na minha barriga pra sentir também.
Aurora colocou a mãozinha, mas não pareceu muito empolgada. Às vezes parece que tudo já era esperado e nada a surpreende.

Desde então, tenho tudo esses momentos pára-tudo-e-sorri-com-mão-na-barriga, imaginando se é pé, costas, soluço, chute... Será que ela ouve minhas palavras ou apenas um monte de barulhão?
Já não vejo a hora de tê-la conosco!

sábado, 9 de agosto de 2014

E os hormônios enfim deram as caras!

A décima sétima semana foi emoção pura, com direito a picos de alegria e choro, como até hoje não tinha acontecido nessa gravidez.
O Arthur esteve aqui, depois de mais ou menos um mês sem nos vermos e, eu acho que me dei ao luxo de deixar de ser a mulher-forte-que-está-tirando-a-segunda-gestação-de-letra para ficar um pouco manhosa. Percebi isso porque me peguei resmungando e gemendo pra me levantar, pedindo pra ser guinchada e chorando horrores pra conversar sobre um assunto mais sério. Depois que passa eu acho graça, mas na hora achei que ia até passar mal. Acho que toda enxurrada hormonal que estava contida nesse tempo resolveu sair. Coitado do nego...
Do lado das emoções felizes esteve reencontrá-lo cheio de amor, saudades e... roupinhas! Hehe Eu havia prometido pra mim mesma e combinado com ele também, que deixaria pra abrir as malas (duas. E mais um carrinho.) só quando ele fosse dormir (ele sempre tira um bom cochilo depois que chega, porque sair do trabalho e passar a noite e a manhã em dois ônibus não deve ser fácil). Mas uma certa menininha Aurora queria ver o que o papai tinha trazido pra ela e... as malas foram abertas! E, você sabe, uma vez aberta, uma mala de presentes não tem como ser fechada.
Preparei meu cafofo de abrir coisas e separar por categorias (coisas futuras pra Aurora, produtos para alimentação do bebê, fraldas, brinquedos e roupas separadas por tamanho), encaixotar ou ensacar e guardar.
Que tarefa longa foi! E eu faria tudo de novo mais algumas vezes de tão gostoso que foi!
O Arthur escolheu roupinhas lindas! E eu não sabia que um body de recém nascido pudesse ser tão pequeno! Até conferi na etiqueta se não era de prematuro... Fé que a menina vai nascer miúda como Aurora, pra não deixar de usar nenhuma dessas belezurinhas!


Vovó se emocionou vendo o carrinho montado. :) E Aurora experimentou sentar um pouquinho nele e logo levantou rindo, dizendo que já é muito grande. Depois treinou empurrar um pouco, pra levar a irmãzinha pra passear. Torço tanto pra ela continuar nesse carinho todo e não sentir tanto ciúme quando a menininha sem nome enfim chegar!

E por falar em nome, mesmo o Nego estando aqui não conseguimos ainda chegar a uma decisão. Ele disse que nenhum desses nomes (os que eu gostei) o tocaram pra ser o nome da nossa filha... Pra falar a verdade, a mim também, não. Mas acho que é porque estamos comparando com a Aurora, que sempre foi Aurora, mesmo quando era só idealizada. Ela já levou o único nome que a gente tinha certeza que nossa filha chamaria... E agora precisamos decidir por outro nome que seja tão lindo e diferente e com significado bacana e sonoro, como é o dela. Tarefa complicada. Pensei até em esperá-la nascer e ver cara de que ela tem, mas... Hahaha Me conheço! E vou surtar até decidirmos esse nome! Tem dia que perco o sono e entro em site de significado de nomes, acredita??
Preciso me acalmar... Ou botar a culpa nos hormônios. ;)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Do que precisam os bebês?

A gente jura que as coisas que incluímos nas nossas vidas são para torná-las melhores e simplificar tarefas, né?


Aí ontem assisti ao documentário Babies (o vídeo acime é um trailer, mas esse link aqui tem o vídeo completo!) e fiquei pensando que os bebês da Namíbia têm tão menos "coisas" e são tão felizes, espertos, rechonchudos... A vida é simples. As mães já vivem de peito de fora e as crianças mamam quando querem. A vida é em comunidade, as crianças estão sempre entre outros membros do grupo, as mulheres contam com as outras e até amamentam os filhos das outras... E a gente aqui preocupado com decoração de festa de aniversário e enxoval da Carters. É sério isso?
Estou num momento "Como saio desse ciclo?". Vem aí outro bebê e, do que ela vai precisar? De brinquedos? De roupas? De aula de natação e balé?

Eu sei, a Namíbia não é o céu, mas o que eu aprendi com aquelas imagens? Que mesmo vivendo cobertos de pó e moscas, mesmo não tendo bens materiais, aquelas pessoas têm comida, um teto, um cachorro, e têm uns aos outros. E parece que é isso que importa...
(E passar o dia conversando cazamiga ao invés de trabalhar 8h por dia, até que é um pouco de céu, né?)


ps.: Aurora assistiu ao filme comigo e adorou. Indico para todas as famílias.



sábado, 2 de agosto de 2014

17 semanas

Já por umas três vezes pensei ter sentido chutinhos. Fico sem saber se foram mesmo, se foi um batimento cardíaco muito forte, se foi um gás... Por umas 4 vezes, no mesmo lugar, fez uma pressãozinha, tipo um pulinho mesmo. Grávida da Aurora lembro que senti algo como uma borboletinha nadando (an?) na minha barriga. Mas agora foram tipo chutinhos mesmo, bem embaixo. Até chamei a Aurora pra sentir. Ela disse que não sentiu nada. Será que eu fiz ela apalpar meus gases internos?
Jamais saberei...

Fora isso, nada de mais tem acontecido. Continuo nas minhas missões de mãe, continuo aproveitando o tempo ocioso, e continuo morrendo de ansiedade de ser logo nomeada no concurso pra mudar de casa, Arthur vir de mudança e a vida nova começar.
Esses dias andei preguiçosa. E também fez muito frio. Acabei matando aula de natação e yoga... Mas sexta-feira nadei e me senti muito bem! Quem diria... Eu! Nadando! Haha

Essa semana vi vídeos da Aurora com 1 aninho e até chorei de tanta fofura! E pensar que vou ter fofura duplamente e em estágios diferentes! Será que vou ter tempo de curtir tudo isso?

Ah, estou pensando em não fazer mais ultrassons. Nem o morfológico. Lembro como essa tecnologia quase me roubou o parto da Aurora e não vou cair nessa de novo. Pouco líquido, placenta envelhecida... Ninguém merece esse stress! Se não for requisito das parteiras de BH, não vou fazer, não.

Enfim, devaneios vários e nada muito específico. Estou assim.