sábado, 13 de dezembro de 2014

36 semanas

Hoje entro na trigésima sexta semana. Não seria nenhum marco especial, não fosse o fato de eu estar em BH por causa da consulta no Sofia Feldman. Com 35 semanas e 5 dias estive lá na maternidade e conheci duas enfermeiras obstétricas que analisaram meus exames e viram que estou apta para o parto domiciliar! Eu estava com uma leve apreensão por causa da anemia, mas elas disseram que é normal na gravidez e que os números estão aceitáveis. Ufa!
Recebi visita da minha doula, Junia, conversamos e repassamos pontos importantes do plano de parto. Ela me transmite confiança e mansidão, o tom da sua voz é de que vai dar tudo certo. Eu acredito!
Eu disse pra Aurora que a Junia irá ajudar a mamãe quando a Nina for nascer, cuidar da mamãe, fazer massagem... Aurora respondeu, prontamente: "Eu também!" <3 Que amor!! E eu sei que vai mesmo. Minha companheirinha...
Arthur, como sempre, está tranquilo. Ele tem mais lembranças do parto da Aurora do que eu e, vai ver, isso o encoraja a crer que se tiramos de letra uma vez, que a chegada da Nina será ainda mais natural. A única preocupação dele é a casa cheia e realmente estará... Eu, ele, Aurora, doula, fotógrafa, parteira, tia, mãe, talvez até meu vô! Não necessariamente todos na sala ao mesmo tempo, mas a casa estará cheia, com certeza.

Estou naquela fase quando todo mundo leigo diz que minha barriga está muito baixa e que a Nina não vai até Janeiro. Sinceramente, eu duvido. Ouvi a mesma coisa na gravidez da Aurora desde uns 7 meses de gestação. Às vezes a sensação que me dá é que Nina não vai nascer nunca. Quando olho no calendário e vejo o dia 10/01, quando completamos 40 semanas, é como se fosse uma data que vai passar sem qualquer sinal de trabalho de parto. Só não posso passar de 42 semanas, senão adeus parto em casa pelo Sofia... Aí ou eu iria pra casa de parto ou teria que me consultar com uma parteira particular e não estou podendo.
Quando penso em passar 3 ou 4 semanas fora de casa, me dá uma agonia! Tudo bem que estarei sendo super bem recebida pela Jojô, mas a gente sente falta da casa da gente, ainda mais agora que finalmente as coisas na nossa casa estão entrando nos eixos. Mas vamo que vamo, é por uma ótima causa. 
De vez em quando fico imaginando o que vou fazer se por acaso essa ximbica resolver me contrariar e nascer antes das 38 semanas, quando eu ainda estiver em Campo Belo. Tenho uns dois planos semi-desenhados, mas nenhum deles me inspira muita confiança e ambos envolvem não ir para o hospital ou, pelo menos, não até o último instante.
Eu, que sempre gostei de tudo bem controlado, programado, decidido, estou tendo que remodelar minha personalidade. A vida não é uma ciência exata e os planos mudam a todo instante. Mas uma coisa eu sei: no fim, tudo dá certo.

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