domingo, 15 de junho de 2014

Sentimentos, revoluções internas

Desde bastante tempo que não me reconheço como pessoa.
Pra onde foi a calma? A paz? A espiritualidade? O tempo? O lazer? O prazer?
Não sei quanto disso está relacionado à maternidade e quanto é próprio de mim, numa espécie de auto-sabotagem.
O fato é que acabo de receber uma oportunidade de fazer algo novo e de transformar o que já tenho. Preciso cuidar de mim mesma, e da minha relação com a Aurora e com os que me cercam, e preciso me conectar com o bebê crescendo dentro de mim.
Me vejo explodir com as mínimas coisas, e nada me faz retomar o bom-humor. Minha filha de quase 4 anos segue também ficando irritada e dando respostas atravessadas. Ela é um espelho de mim. E isso me magoa duplamente; primeiro porque reconheço que preciso mudar urgentemente, segundo porque me vejo estragando essa criança doce que é a Aurora.
Sim, a culpa é da mãe. E do pai. E de qualquer cuidador. A criança tem sua personalidade em formação e todo estímulo externo irá contribuir para o modo como ela irá direcionar seus impulsos e desejos.
Comecei a ler um livro - "Origens mágicas, vidas encantadas", de Deepak Chopra - que tem me chamado a me conectar com o bebê e a emanar coisas boas, visto que, segundo ele, todo sentimento se transforma em impulso nervoso e é transmitido ao feto. Acho uma puta responsabilidade isso e preferia que a placenta fosse mesmo uma bolha, protegendo essa criança da mãe louca que ele tem.
Eu tenho muito medo de depressão. Já tive quadros moderados de depressão algumas vezes e reconheço quando estou me reaproximando dela. Na gestação as coisas se intensificam ainda mais. São hormônios, expectativas, medos... Preciso me cuidar.
E daí que surgiu a necessidade de uma mudança radical no meu estilo de vida. Desde hora de dormir, até práticas matinais, alimentação, exposição ao sol, interação com as pessoas que me cercam.
A primeira coisa que fiz foi deletar minha conta do Facebook e criar outra, onde apenas pessoas muito próximas entrarão. Não quero ter uma rede de 900 "amigos" que sugam meu tempo, despertam sentimentos ruins ou apenas não acrescentam nada. Continuarei tendo acesso a internet para direcionar buscas relacionadas a assuntos que me interessem, continuarei mantendo contato com as pessoas que são de verdade para mim. Foi uma decisão que já vinha sendo pensada há muito tempo, mas que, por causa de estresses dos últimos dias, acabei finalmente tomando.
É o primeiro passo para cuidar do meu jardim. É a poda do que me faz mal.
Espero que consiga estabelecer essa rotina saudável fisicamente, emocionalmente e espiritualmente, pelo meu bem e o da minha família.

Um brinde ao que verdadeiramente importa!

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